terça-feira, 7/maio/2024
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Grupo PPP tenta derrubar França para controlar o PPS em Mato Grosso

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O racha dentro do PPS já não é mais novidade. Os próprios membros do partido já falam e demonstram abertamente seus descontentamentos sobre decisões que consideram “absurdas”. Uma verdadeira “cortina de fumaça” para esconder um projeto já bem conhecido: domar a sigla socialista para os projetos do grupo governista liderado pelos secretários Otaviano Pivetta, de Desenvolvimento Rural; e Luís Antônio Pagot, de Infra-Estrutura, com o apoio do ex-prefeito Percival Muniz, marido da secretária de Educação, Ana Carla Muniz. Na ação, derrubar o ex-prefeito Roberto França da direção da sigla – o que permitiria a realização das “manobras” políticas desejadas pelo grupo.
     
Na reunião de quarta-feira, o nome de Percival Muniz, que acabou sem cargo no Governo após deixar a Prefeitura de Rondonópolis, teve seu nome lançado como candidato a sucessão de Roberto França. Um dos mais ácidos críticos da gestão de França como presidente do PPS é o vereador Ivan Evangelista. Ele diz que o PPS está solto, à deriva, desgovernado, praticamente sem comando. Na sua avaliação, o governador Blairo Maggi discute alianças, sem sequer pensar em falar, primeiro com a Executiva do partido.
     
Ivan lembra ainda que além da desobediência, que soa como imposição, Maggi só deveria começar a tocar no assunto coligação a partir de janeiro do ano que vem, e não agora. “O governador deveria, primeiro se reunir e discutir todos os assuntos políticos, principalmente os referentes às eleições de 2006 com a Executiva do partido, para depois falar e começar a fazer alianças, e não sair por ai antecipando o que vai acontecer”, dispara Evangelista.
     
 Justificativas a parte, o PPS nas mãos de Roberto França significa, em verdade, entraves grandes para os projetos políticos do Grupo PPP (Pivetta, Pagot e Percival). Recentemente, Percival Muniz, ao abrir discussão para defender o cargo da esposa na Secretaria de Educação contra o deputado José Riva, mencionou que o PPS vetaria uma aliança com o Partido Progressita do deputado federal Pedro Henry. Pivetta, aliás, em seguida, abriu fogo contra Henry justamente porque deseja assegurar a vaga ao Senado. Nesse caso, mesmo migrando para o PDT, Pivetta poderia usar o partido para o seu projeto.
     
Nas críticas abertas contra a direção do partido, Ivan Evangelista também mostra posições. Por exemplo, indica abertamente ser contrária a qualquer aproximação do governador Blairo Maggi com o PT – posição externada pelo próprio governador. Egresso do PT, Ivan condenou a prática adotada pelo governador por tratar diretamente do assunto sem utilizar os instrumentos partidários.
     
A eleição para renovação do Diretório Regional do PPS será em julho.

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