A pavimentação da BR-163 do Nortão ( a partir de Guarantã do Norte, na divisa) até Santarém (PA) não sai este ano. O governo Lula “empurrou”a obra para 2007, adiando, mais uma vez, o início da pavimentação de 850 km para que a soja, arroz, milho, amdeira e outros produtos do Nortão sejam escoados via o porto paraense de Santarém e proporcionando redução considerável nos custos de transporte e proporcionando preço melhor para os produtores e industriais madeireiros, além de fortalecer a economia de dezenas de cidades nos dois Estados.
Hoje, em Cuiabá, o assessor do Ministério dos Transportes, José Maria da Cunha, confirmou, em reunião na Secretaria Estadual de Infra-estrutura, que o edital da concessão da BR-163 será publicado só no final deste ano pelo Governo Federal. Inicialmente, estava previsto para setembro do ano passado, depois ficou para este primeiro semestre . Sem dinheiro para investimentos a curto prazo e devido a importância da estrada para o desenvolvimento econômico e social do Brasil, a solução encontrada foi formatar uma parceria público- privada (PPP). Até o final do ano, se não for adiado novamente, serão definidas as empresas vencedoras para formar o consórcio e pavimentar a rodovia, bem como a captação de recursos.
O cronograma das obras, de acordo com o assessor, é para pavimentar 850,6 km – de Guarantã a Santarém (PA) e 496,5 km entre Lucas do Rio Verde e Guarantã do Norte (já pavimentados) serão recuperados. A rodovia era considerada pelo Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (Dnit) como classe quatro, definida como uma pista de nove metros, sendo um de acostamento para cada lado. E agora está encaixada na classe dois, que compreende 13,60 metros de pista, das quais 2,5 de acostamento nas laterais.
Segundo o assessor do Ministério dos Transportes, ainda não foi calculado o valor do investimento. O montante será apresentado depois da conclusão dos estudos, mas no ano anterior a perspectiva federal era de cerca de R$ 2,7 bilhões.
O pagamento será no final da construção de maneira parcelada. A cobrança de pedágio para o abatimento da dívida não está confirmada, “A princípio não. Mas nada impede que no futuro seja instalado”, declara Cunhaalém de propor o trabalho conjunto no que diz respeito à fiscalização.