terça-feira, 7/maio/2024
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Governo e centrais sindicais acertam salário mínimo de R$ 350

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As centrais sindicais recuaram mais uma vez e aceitaram negociar uma nova proposta para o reajuste do salário mínimo e correção da tabela de Imposto de Renda. A nova proposta prevê que o mínimo subirá de R$ 300 para R$ 350 a partir de março.

Além disso, a proposta prevê uma correção de 10% para a tabela de Imposto de Renda. A nova proposta, costurada numa reunião hoje com o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, precisa ainda do aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Marinho vai encaminhar essa proposta para o presidente, que deve decidir sobre o assunto numa reunião marcada para quinta-feira da próxima semana com as centrais.

O ministro disse que o governo já aceita pagar um mínimo de R$ 350 a partir de maio e corrigir a tabela de IR em 7%. O relator da proposta orçamentária, Carlito Merss (PT-SC) disse que será necessário fazer as contas para ver se é possível atender à reivindicação das centrais. O custo da antecipação do reajuste do mínimo de maio para março é de R$ 1 bilhão, segundo Marinho.

“Nesse momento quem faz política sabe da importância de fazer um acordo com as centrais neste ano [de eleições]”, disse o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho.

A proposta negociada hoje com Marinho é inferior àquela fechada ontem pelas centrais sindicais, que previa um mínimo de R$ 360 e 10% de correção para a tabela de IR. Esses valores já eram inferiores à reivindicação inicial das centrais, que pediam um salário mínimo de R$ 400 e 13% de correção para a tabela de IR.

Além disso, a proposta de hoje é bem parecida com aquela que o Planalto chegou a acenar no ano passado: mínimo de R$ 350 e correção da tabela de 7%. Mais tarde, representantes da equipe econômica disseram que para elevar o salário mínimo para R$ 350 não seria possível corrigir a tabela do Imposto de Renda.

Tabela de IR

Em 2004, as centrais sindicais pediam que a tabela sofresse uma correção de 17% para zerar as perdas acumuladas no governo Lula, mas o governo concedeu um reajuste de 10%.

No ano passado, as centrais chegaram a pedir 13% de correção –referente a inflação deste ano mais 7% que não foram concedidos em 2004. Como não houve acordo, o impasse ficou para ser negociado no começo deste ano de 2006.

Desde 1996, a tabela sofreu somente duas correções: de 17,5%, em 2002, e de 10% em 2005. A equipe econômica, entretanto, sinalizou que a correção da tabela de IR não está entre as prioridades do governo. Para eles, a correção não gera “justiça social”, pois beneficia apenas de 6% a 7% da população –quem paga IR.

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