O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM) assinou, hoje, juntamente com governadores de 19 Estados, carta de apoio ao Congresso Nacional após as criticas do presidente Jair Bolsonaro, neste domingo, durante manifestação feita em Brasília e em diversos Estados. “O Fórum Nacional de Governadores manifesta apoio ao presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre, e ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, diante das declarações do Presidente da República, Jair Bolsonaro, sobre a postura dos dois líderes do parlamento brasileiro, afrontando princípios democráticos que fundamentam nossa nação”, consta na carta dos governadores. Eles expuseram que os presidentes da Câmara e Senado estão dando dedicação especial aos Estados e Municípios e “demonstram estar cientes de que é nessas instâncias que se dá a mais dura luta contra nosso inimigo comum, o coronavírus, e onde, portanto, precisam ser concentrados os maiores esforços de socorro federativo”, diz o texto.
“Não queremos negociar nada”, disse Bolsonaro sem mencionar nomes mas a declaração seria em resposta à Câmara dos Deputados. Bolsonaro fez duros ataques ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia, apontando que medidas aprovadas recentemente podem ter impacto de R$ 100 bilhões nos cofres do governo federal por conta da ajuda para Estados e municípios. Ele havia criticado governadores que definiram medidas para fechamento de indústrias e empresas, para forçar isolamento social, e que impactaram na queda de receitas para os Estados. A votação ainda tem que passar pelo Senado. O presidente Davi Alcolumbre não tem sido atacado por Bolsonaro.
Hoje, no manifesto em Brasília, em frente ao Quartel General do Exército, ele discursou: “Vocês estão aqui porque acreditam no Brasil. Nós não queremos negociar nada. Nós queremos é ação pelo Brasil. O que tinha de velho ficou para trás. Temos um novo Brasil pela frente. Todos, sem exceção têm que ser patriotas. Acabou a época da patifaria. É agora o povo no poder. Mais do que um direito, vocês têm obrigação de lutar pelo país de vocês. Contem com o seu presidente”.
O presidente foi criticado por parlamentares e outros políticos por participar deste ato onde alguns pediam fechamento do Congresso, volta do AI 5, que são considerados antidemocráticos. Mas Bolsonaro afirmou: é preciso “manter a nossa democracia” e a “nossa liberdade”.
De acordo com O Globo, a carta em apoio ao Congresso foi assinada pelos governadores Renan Filho (Alagoas), Waldez Góes (Amapá), Rui Costa (Bahia), Camilo Santana (Ceará), Renato Casagrande (Espírito Santo), Ronaldo Caiado (Goiás), Flávio Dino (Maranhão), Mauro Mendes (Mato Grosso), Reinaldo Azambuja (Mato Grosso do Sul), Helder Barbalho (Pará), João Azevêdo (Paraíba), Paulo Câmara (Pernambuco), Wellington Dias ( Piauí). Wilson Witzel (Rio), Fátima Bezerra ( Rio Grande do Norte), Eduardo Leite ( Rio Grande do Sul), Carlos Moisés (Santa Catarina) João Doria (São Paulo), Belivaldo Chagas (Sergipe) e Mauro Carlesse (Tocantins).
