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Governador de Goiás concorda com projeto do transporte zero de peixe em Mato Grosso

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Só Notícias (foto: arquivo/Agência Senado)

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, defendeu o projeto do governo de Mato Grosso que prevê o “transporte zero” de peixes nos rios mato-grossenses e lembrou que a medida está em vigor há 10 anos no Estado goiano. “Tem sido extremamente positivo para a economia do Estado de Goiás o transporte zero de pescado. É enorme o nosso prestígio hoje no cenário nacional. Para vocês terem uma ideia, são mais de 9 milhões de brasileiros e de turistas de outros países que vêm fazer as competições de pesca dos rios e lagos do nosso estado”, declarou.

Caiado registrou que, somente este ano, já estão marcadas 13 competições de pesca esportiva em Goiás. “Isso tem gerado emprego e ao mesmo tempo um aumento da renda, seja para o barqueiro, para o restaurante, o comércio, enfim, toda a economia se movimenta”, apontou.

De acordo com Caiado, a medida fez com que Goiás de tornasse referência na prática de pesca esportiva no país, além de ser uma medida que trouxe desenvolvimento sustentável. “Eu quero dizer aos meus irmãos de Mato Grosso que podem ter certeza: ao aplicarem aí o transporte zero de pescado, vocês vão ver o quanto os rios serão repovoados e o quanto os turistas vão chegar levando renda aí para toda essa região. Mato Grosso também é referência no meio ambiente e nós seremos referência nessa prática da pesca esportiva no Brasil. De mãos dadas, Goiás e Mato Grosso saem na frente”, declarou, através da assessoria.

A proposta de Mato Grosso prevê que no período de cinco anos, a começar em 1º de janeiro de 2024, o transporte, armazenamento e comercialização do pescado fiquem proibidos em todos os rios do Estado, apontando que há “redução dos estoques pesqueiros em rios do Estado, colocando em risco várias espécies nativas de Mato Grosso”.

Durante esse período será permitida a modalidade pesque e solte, assim como a pesca de subsistência. O projeto está sendo debatido na Assembleia Legislativa e deve ter mudanças. Ontem, deputados se reuniram com pescadores, empresários (donos de pousadas, restaurantes) e defenderam ajustes na proposta original como definir créditos para pescadores ribeirinhos. A expectativa é que o projeto com alterações seja votado dentro de duas semanas.

O governo propõe que, no caso dos pescadores artesanais, será pago auxílio financeiro por três anos – ano que deve de R$ 1,2 mil, no ano seguinte 50% do valor. O profissional receberá qualificação em programas estaduais para o turismo ecológico e pesqueiro e de produção sustentável da aquicultura.

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