De acordo com o presidente do diretório estadual do PMDB, deputado federal Carlos Bezerra, um dos motivos que levaram o PSD a se afastar do grupo da base aliada à gestão Silval Barbosa (PMDB) teria sido a definição das demais siglas pela formação de uma única chapa para a disputa proporcional. Apesar da base, até então representada por PT, PMDB, PR, PROS e PCdoB já ter definido a possível coligação que disputará as eleições de outubro, a realização das convenções partidárias do PSD, PT e PR somente na próxima segunda-feira (30), pode promover uma mudança no cenário desenhado até o momento justamente em função da formatação da chapa proporcional.
Diante da atual situação, lideranças do PSD sequer participaram da reunião, realizada na tarde da última quarta-feira (25), que acabou definindo pelo nome do ex-vereador Lúdio Cabral (PT) como candidato ao Executivo Estadual pela base aliada. A soma de decisões que tem desagradado aos sociais democratas fizeram com que o partido se afastasse de vez das rodas de discussões, inclusive, já ensaiando a candidatura do próprio Riva ao Governo.
A legenda ainda tentou emplacar outros nomes na chapa majoritária, como o do vice-governador Chico Daltro ao governo, mas que acabou tendo o nome suprimido do debate, aumentando a insatisfação do partido, e também do presidente licenciado da Famato, Rui Prado.
Já a formatação do chapão para disputar os cargos de deputado federal e estadual era um pleito do PR. Os republicanos afastaram-se da base para debater junto à chapa oposicionista encabeçada pelo senador Pedro Taques (PDT) e, ao retornarem ao grupo, pareciam enfraquecidos nas discussões, contudo, conseguiram emplacar, não apenas a chapa única, mas também a confirmação do pré-candidato a senador, deputado federal Wellington Fagundes (PR), na majoritária.