quarta-feira, 8/maio/2024
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Extradição ainda não surtiu efeitos; Arcanjo se mantém em silêncio

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A justiça e a população de Mato Grosso aguardaram com grande expectativa a chegada de João Arcanjo Ribeiro ao Estado. A esperança era de ver seus crimes esclarecidos. Contudo, até o momento, o “bicheiro” não acrescentou nada de novo na apuração, se negando a dar qualquer informação à justiça. Do pouco que falou foi para fazer a defesa da ética no jogo do bicho, uma de suas principais atividades antes de ser “desbancado”.

Desde sua chegada no Presídio Pascoal Ramos, que completa 30 dias nesta terça-feira, 11, João Arcanjo se reservou no direito de não falar. A justiça tenta apurar os crimes pelos quais o mafioso é acusado sem obter sucesso. Quase nada foi esclarecido. Somente na Polícia Federal, ele responde à dez inquéritos, sendo que boa parte está relacionado ao sistema financeiro e lavagem de dinheiro.

Até agora Arcanjo foi condenado a 44 anos de prisão, mas ainda é acusado de matar mais de 30 pessoas, entre elas o empresário Domingos Sávio Brandão de Lima. Além dos assassinatos, o dono do “jogo do bicho”, responde por evasão de divisas, lavagem de dinheiro e crimes eleitorais. Com relação ao destino de verbas para candidatos, o que mais vem causando “frisson” é com relação à eleição de 2002 do senador Antero Paes de Barros ao Governo do Estado: foram encontrados 84 cheques de uma factoring do bicheiro no valor total de R$ 240 mil.

A justiça de Mato Grosso esperou três anos para que Arcanjo fosse preso e extraditado para o Brasil. O principal objetivo sempre foi o de ouvi-lo e de condená-lo pelos crimes cometidos no Estado. No entanto, não é isso que têm acontecido. Todas as vezes que João Arcanjo esteve de frente com a justiça negou-se a falar.

A estadia de Arcanjo em Cuiabá têm propiciado mais pontos negativos que positivos. O silêncio mantido do “Comendador” não acrescenta informações para os processos e em cada novo depoimento é necessário um complexo aparato de segurança para deslocar o acusado do presídio. Para transportar o mafioso e evitar uma fuga, várias viaturas e helicoptero são utilizados para acompanhar o preso e o trânsito fica impedindo, causando ainda, transtorno para a população com engarrafamentos. Sem falar no dinheiro que sai dos cofres públicos para tornar todo esse aparato possível.

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