Ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Huark Douglas Correia e Fábio Liberali Weissheimer, presos na segunda fase da operação “Sangria”, tiveram liberdade concedida pela desembargadora plantonista Antônia Siqueira. Eles estavam presos há 10 dias.
A decisão, expedida ontem, é extensão de habeas corpus em favor de Luciano Correa Ribeiro, também preso na operação, que teve liberdade concedida no último domingo. Eles e mais seis foram presos no dia 18 de dezembro por atrapalharem as investigações da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários (Defaz), que apura crimes de corrupção em contratos e licitações entre as empresas e secretarias de saúde municipais e estadual. O ex-secretário e Fábio, um dos acionistas do grupo de empresas, estariam ocultando provas e coagindo testemunhas. Huark é apontado como chefe da organização criminosa.
Decisão da desembargadora Antônia foi estendida à Huark e Fábio, baseada no princípio da isonomia, que é quando os investigados encontram-se no mesmo patamar de apuração dos fatos. Outro fator predominante foi o fato de ambos possuírem profissão, são médicos, e têm residência fixa em Cuiabá. Além disso, de acordo com a decisão, eles se mostraram dispostos em colaborar com as investigações.
Apesar da liberdade, os médicos não poderão manter contato com os demais investigados pela Defaz, comparecer às sedes das secretarias de Saúde de Cuiabá e Hospital São Benedito e frequentar as sedes das empresas envolvidas, pois os locais foram alvos de busca e apreensão durante a “Sangria 2”.
Fábio e Huark também ficam impedidos de viajar sem permissão da justiça, precisam manter endereços atualizados e devem comparecer a todos os autos do processo, quando intimados.
