O ex-presidente da Imprensa Oficial de Mato Grosso (Iomat), Cláudio Pires, foi preso na tarde desta sexta-feira, em Cuiabá, por agentes da Polícia Fazendária, em cumprimento a mandado judicial. Pires está sendo acusado de ter cometido fraudes no órgão que administrou. As primeiras informações indicam que na busca e apreensão realizada em seu escritório, a Polícia encontrou R$ 80 mil. Imediatamente foi decretada a prisão preventiva de Pires. Após ser ouvido, ele deverá ser levado para o Presídio do Carumbé.
A Polícia não deu maiores detalhes sobre o tipo de fraude cometido por Pires. Esta semana, no entanto, funcionários do órgão entregaram na Assembléia Legislativa um dossiê em que cobram explicações por parte do Governo para a extinção da Imprensa Oficial de Mato Grosso. Eles alegam que a autarquia não era deficitária e manifestaram suspeita de que a decisão do Governo para a decisão estaria ligada a uma possível necessidade de abafar irregularidades.
Cláudio Pires assumiu a direção da Imprensa Oficial junto com a posse do governador Blairo Maggi. Membro ativo do PPS, ele teve papel de relevância na campanha eleitoral que levou o governador até a vitória. Na Iomat, cumpriu as propostas do governador, que visava, fundamentalmente, sanear a autarquia. A saída de Pires do cargo não ganhou maior repercussão.
No dossiê entregue aos deputados, os funcionários dizem, em tom de alerta, que os “reais motivos” não foram esclarecidos para eles nem para a sociedade, e que o divulgado pela imprensa não corresponderia aos fatos citados.
O ex-presidente do Iomat é o segundo membro do escalão intermediário do Governo Blairo Maggi a ir preso. O primeiro foi Moacir Pires – que, apesar do sobrenome, não tem grau de parentesco com o ex-dirigente do Iomat. Moacir foi preso na “Operação Curupira”, realizada pela Polícia Federal.