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Ex-prefeito Percival Muniz articula novo projeto político após perder presidência do PPS

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Depois de não ser reconduzido ao comando do Partido Popular Socialista (PPS) de Mato Grosso, o ex-deputado e ex-prefeito de Rondonópolis, Percival Muniz, se tornou a “bola da vez” dos partidos de oposição ao governo de Pedro Taques (PSDB). Cortejado por diversas siglas, ele admite a hipótese de ajudar a construir um novo projeto político para as eleições deste ano e deverá intensificar as conversas com os partidos interessados logo após o Carnaval.

Muniz destaca que, desde que o PPS anunciou o secretário de Estado, Marco Marrafon, como novo presidente da sigla em Mato Grosso, vários partidos fizeram sondagens e convites para que ele deixe a sigla. “Fui procurado pelo deputado Zeca Viana, do PDT. Há também o convite do PHS e outro do PC do B, sem contar outras sondagens que recebi”.

Com isso, o parlamentar, que comandou a terceira maior cidade de Mato Grosso até dezembro de 2016, descarta por completo a possibilidade de deixar a política. “Eu acho que a questão maior é uma construção de um projeto alternativo para Mato Grosso, um projeto construído olhando para o futuro, o ‘Mato Grosso Merece Mais’”, salienta o político, um dos criadores do “Mato Grosso Muito Mais”, grupo que ajudou na eleição de Taques ao governo em 2014.

O convite do PDT, conforme o próprio Muniz, deixa aberta a escolha de um cargo. “Se aceitar a proposta, eu poderei escolher o cargo que estarei na disputa”. Já sobre a manifestação do PC do B, Percival não dá detalhes. Por fim, os planos do presidente estadual do PHS, Mário Teixeira, são de colocar o nome de Muniz como candidato à sucessão Taques. “O PHS está aberto a filiações e novas lideranças, em especial, os descontentes em função de discordâncias nos partidos que estão, como por exemplo o ex-prefeito Percival Muniz, potencial candidato a governador. Queremos desempenhar um papel de protagonista nestas eleições”, afirma Teixeira.

Muniz destaca que as tratativas para a construção de um novo projeto devem ser intensificadas após o Carnaval, com uma série de reuniões que abordarão o tema. “Nossa ideia é construir um governo diferente do que está posto aí. Vinha falando isso há tempos e, talvez, seja por isso que a Executiva Nacional tenha movimentado o partido com a escolha dos novos nomes”.

Para o ex-prefeito de Rondonópolis, mais do que discutir seu nome para as eleições de outubro, a intenção é tratar do projeto. “Não tenho a pretensão de ser o nome. Da minha parte, posso tranquilamente ‘carregar o piano’. Há uma série de nomes que podem estar à frente deste projeto, que não seria contra ninguém, mas sim a favor de Mato Grosso”, completa, ao citar os nomes do senador Wellington Fagundes (PR), do ex-prefeito Mauro Mendes e do ex-senador Jayme Campos (DEM) como alternativas viáveis.

Marrafon foi escolhido presidente do PPS de Mato Grosso pelo presidente nacional da sigla, o deputado federal Roberto Freire que, por meio de resolução, nomeou uma nova comissão provisória do partido no Estado. O secretário de Educação ingressou no partido por meio de uma articulação de Freire com o Agora!, movimento que defende a renovação da política e tem entre seus expoentes o apresentador Luciano Huck.

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