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Ex-prefeito interino de VG nega envolvimento em fraude previdenciária

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O prefeito interino de Várzea Grande pelo período de dois meses no final de 2012, atual vereador Maninho de Barros (PSD), que presidia a câmara e assumiu o mandato após a saída do ex-prefeito Tião da Zaeli (PSD), negou envolvimento com a quadrilha desmantelada pela Operação Miqueias, mas confirmou estudo para mudança do fundo previdenciário dos servidores, Previvag. Atual presidente da autarquia, Jason Baracat, também confirmou a possível mudança que não se efetuou, mas não soube informar para qual fundo.

Conforme Maninho de Barros, a mudança não seria para um fundo, e sim para o banco Bradesco, que é consolidado. A Polícia Federal divulgou novas gravações envolvendo a modelo Luciane Hoepers, que era utilizada como "isca" para seduzir políticos e fechar as fraudes nas previdências, que consistia em aplicação em fundos podres, que eram recentes e possuíam poucos cotistas.

Na gravação, Luciane Hoepers afirma que "quase finalizou o negócio com o prefeito de Várzea Grande", e foi orientada a "ganhar confiança e fazer amizade, sem se desviar do foco". A modelo é acusada de participar da organização do doleiro Fayed Antonie Traboulsi.

Jason Baracat informou que houve debate ao final de 2012, sobre possíveis mudanças no Previvag. "Oficialmente não fomos comunicados pela Polícia Federal, houve o debate da situação financeira de possível mudança do fundo ao final do mandato, mas que não chegou a ser realizada, sendo que foi barrado pelo quadro administrativo e pelo Conselho do Previvag, que foram contra a mudança na aplicação", explicou.

Contudo, Baracat ressalta que não obteve as informações mais a fundo, mas afirma que seria feita uma movimentação bancária para alterar a aplicação, o que não ocorreu. "Houve esta discussão no fim do ano, mas como acharam que não era um bom negócio, foi recusado", justificou.

Já Maninho de Barros pondera que a alteração financeira do Previvag seria feita do Banco do Brasil para o Bradesco, e não para outro fundo de aplicação. "Não tratei nada com ninguém sobre fundo algum, nem sei quem são as pessoas envolvidas. Mas a mudança de aplicação seria para o Bradesco que é um banco sólido, inclusive, a pessoa responsável pela mudança já trabalhou no Banco do Brasil e tinha nos orientado a não aplicar em fundos e sim nos bancos", informou.

O vereador prossegue em sua explicação e argumenta que foi realizado um estudo sobre a viabilidade da mudança, mas que o então secretário de Receitas, Eder Moraes, acrescentou que o tempo seria exíguo para mudanças no fundo, afinal, a gestão de Maninho de Barros durou apenas dois meses.

"A mudança deveria ser feita no começo da gestão, porque com o banco não tinha risco algum, mas não teríamos como mexer, realizar a alteração em 60 dias, porque requer tempo, levamos ao Conselho sobre a mudança na aplicação, que seria melhor, mas não havia tempo", concluiu.

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