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Ex-ministro vai a Cuiabá questiona mídia sobre o caso que envolve Antero

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O ex-ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, colocou em xeque o posicionamento da mídia com relação à denúncia contra o ex-senador Antero Paes de Barros (PSDB), acusado de ser funcionário fantasma da Companhia de Saneamento de São Paulo (Sabesp). Segundo ele, não há um tratamento igualitário, porque se fosse ao contrário, com certeza já teria ocorrido uma campanha em nível nacional contra ele.
“É assim. Vale para os outros, mas não vale para ele. (…) O que não é aceitável é a impunidade e a falta, principalmente da grande imprensa, de um tratamento igual. Eu fico indignado com isso.”, lamentou, em entrevista coletiva durante o encontro da corrente política Construindo um Novo Brasil (CNB) do PT, em Cuiabá.

O ex-deputado federal, cassado após ser acusado de liderar o esquema do mensalão, disse ainda que tem que se explicar sobre o fato é Antero. “Eu só repercuti um fato, uma verdade e reproduzi uma matéria que saiu no Jornal da Tarde. Ele que tem que se explicar. Não sou que estou em discussão, é ele, mas ao invés disso ele começa a me acusar. Eu não tenho cargo. Sou advogado e consultor. O Roberto (Freire) diz que sou vagabundo e bandido, isso porque não têm como eles explicarem e partem para baixaria, descem o nível”, afirmou.

Já sobre a rixa antiga que existe entre Antero e Dirceu, desde 2004 em função do escândalo envolvendo o ex-assessor do petista, Waldomiro Diniz, o ex-deputado optou por desconversar.

Sobre a imoralidade ou ilegalidade do caso, Dirceu diz que o Ministério Público é quem deve avaliar e não cabe a ele julgar. Ele ainda deixa claro que não proferiu críticas ao ex-senador mato-grossense, apenas reproduzi uma reportagem do Jornal da Tarde e cita o exemplo: “vamos supor que seja o contrário. Se eu tivesse perdido uma eleição em São Paulo e o governador de Mato Grosso fosse do PT e me nomeasse para o conselho de uma companhia de uma estatal. Teria ocorrido uma campanha nacional, nas TVs, Rádios, Jornais, e o governador sofreria uma campanha de impeachment”.

Para Dirceu, isso não pode ser aceito com tamanha tranqüilidade e questiona também a nomeação do presidente do PPS, Roberto Freire, em duas empresas da Prefeitura de São Paulo, comandada por Gilberto Kassab (DEM), aliado do governador José Serra (PSDB).

Dirceu também critica os argumentos utilizados pelos acusados como o questionamento sobre a ministra da Casa Civil, Dilma Roussef compor o conselho da Petrobras. “Falar que a Dilma Roussef é membro do conselho da Petrobras é considerar que o cidadão é ignorante. A Dilma foi ministra da Minas e Energia, é ministra-chefe da Casa Civil e é presidente do Conselho de Administração da Petrobrás. Os ministros participam dos conselhos de administração que estão ligados a pasta deles. (…) É evidente que é um salário indireto”, rebateu.

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