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Ex-governador diz que tarifa do VLT de R$ 10 é ‘chutômetro’

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O relatório divulgado pelo Gabinete de Projetos Estratégicos do governo do Estado, que apontou, entre uma série de possíveis irregularidades nas obras de implementação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) uma tarifa estimada em até R$ 10 foi questionado pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB). De acordo com ele, durante sua gestão, o Estado investiu em uma obra social para que a população tivesse um transporte público de qualidade. Silval explica que, por esse motivo, foi o próprio governo quem bancou a instalação do modal. Segundo o ex-governador, a estimativa apresentada pela atual gestão, não passa de “chutômetro”.

Conforme os estudos realizados durante o período de escolha do VLT, o valor da tarifa deverá ser semelhante ao praticado no transporte público coletivo. Isso porque o valor da passagem deverá ser apenas para a manutenção do modal, incluído custos como folha de pagamento de funcionários, despesas com energia elétrica e reparo dos veículos. Dessa forma, o ex-governador destaca que não tem razão da operadora do serviço cobrar até R$ 10, já que a obra não prevê retorno de investimento, diferentemente do que ocorreria caso a implementação do VLT tivesse sido realizada por meio de concessão à iniciativa privada.

Quanto ao prazo para a conclusão da obra, ele afirma que o contrato em vigência tem um aditivo de prazo válido até o fim deste ano, mas reconhece que é impossível estimar quando o VLT entrará em funcionamento, levando em conta que as obras estão paralisadas desde o fim do ano passado.

Apesar da medida anunciada pelo governador Pedro Taques (PDT), no primeiro dia de sua gestão, de suspender temporariamente todos os contratos até que sejam concluídas auditorias sobre os mesmos, foi o próprio Consórcio VLT, responsável pelas obras, que pediu a interrupção de seu contrato alegando falta de pagamento por parte do governo no período relativo à administração de Silval. O ex-governador alegou que há um trâmite burocrático para a liberação dos pagamentos, o que pode ter ocasionado essas inconsistências. De acordo com ele, as medições precisam ser aferidas por técnicos do governo federal e da Caixa Econômica Federal (CEF), órgão financiador da obra, e somente depois disso podem ser liberados os pagamentos.

O secretário Extraordinário de Projetos Estratégicos, Gustavo Oliveira observa que houve falha de fiscalização do Estado como ente contratante das obras, mas o ex-governador rebate afirmando que fez as cobranças devidas e que a fiscalização era realizada pela gerenciadora. Ainda, conforme Silval, algumas possíveis irregularidades no decorrer da obra não podem ser levadas em consideração até a sua conclusão e, que após isso, de acordo com o previsto em contrato, a garantia é de cinco anos.

Em relação às demais obras, como o viaduto da Sefaz, por exemplo, Silval destaca que, após receber a obra, tecnicamente concluída, foi observada a irregularidade e durante sua própria gestão, foi feita a interdição, e que os reparos estão sendo realizados sem nenhum custo para o Estado.

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