Os médicos que atuam na Unidade de Tratamento Intensivo da Santa Casa de Rondonópolis pediram demissão por causa dos atrasos salariais e devem trabalhar até segunda-feira caso não recebam. São dez UTIs pediátricas que atendem a população da região Sul. Com o aviso de suspensão dos trabalhos dos médicos, as unidades não teriam como dar continuidade aos atendimentos. De acordo com o representante da Santa Casa, Sinézio Alvarenga, o hospital tem um déficit com relação aos repasses do Sistema Único de Saúde (SUS) no valor de R$ 12 milhões, desde 2015 e, para continuar os trabalhos, a Santa Casa contratou R$ 10 milhões em empréstimos com bancos, mas mesmo assim a folha salarial está atrasada desde março, quando só 40% dos funcionários foram pagos.
Deputados estaduais se reuniram com o representante da secretaria estadual de Saúde, Vagner Simplício, em busca de uma saída. Ele afirmou que é necessário garantir a continuidade dos serviços a partir da união de todos agentes envolvidos, públicos e prestadores de serviços. “Viabilizamos para que, junto com a prefeitura de Rondonópolis, possamos garantir o funcionamento do contrato com a Santa Casa”. Os hospitais filantrópicos não têm contrato diretamente com o governo do Estado, mas com as prefeituras, que ficam responsáveis pelos repasses dos recursos encaminhados pelo governo e por isso o trabalho será para agilizar o pagamento à prefeitura de Rondonópolis.
Pelo acordo firmado, o Estado deve pagar parte da dívida com a prefeitura e assim equalizar os débitos até que o fundo passe a ser recolhido e repassado a partir de agosto. A informação é da assessoria da Assembleia.