O 1º vice-presidente da Assembléia Legislativa, deputado Zeca D’Ávila (PFL) defende candidatura própria do partido para as eleições de 2006. O deputado entende que a legenda cresceu muito ultimamente com a filiação de vários políticos e por isso, o PFL é uma das principais forças na política mato-grossense.
“A minha meta é essa e do jeito que está sendo conduzido, defendo candidatura própria, porque Mato Grosso precisa”, admitiu Zeca. De acordo com o deputado, o Partido da Frente Liberal (PFL) é considerado o principal partido de direita do Brasil. O partido é herdeiro das facções liberais da ARENA (Aliança Renovadora Nacional – o partido de base da ditadura militar) e da União Democrática Nacional (UDN – força política da década de 1950). O PFL surgiu no novo cenário democrático nacional representando os antigos interesses de empresários progressistas.
Para o 1º vice-presidente, o quadro político, tanto nacional quando estadual, ainda não está completamente definido. Zeca prevê que o PFL deverá fazer cinco ou seis deputados estaduais e 3 federais. “Estamos trabalhando para isso e acho que agora chegou o momento”, disse o deputado. Entre suas diretrizes programáticas da direção nacional do PFL estão o presidencialismo, a economia de mercado e o liberalismo. Em Mato Grosso, reuniões, negociações e muito diálogo entre os correligionários estão sendo realizados para definir o futuro da chapa para 2006.
Zeca D’Ávila se recorda que o auge do PFL ocorreu durante a década de 1990, quando costurou uma duradoura aliança com o PSDB e elegeu o vice-presidente Marco Maciel em dois mandatos para o Governo Fernando Henrique Cardoso. Durante o período, contou com a maior bancada do Congresso Nacional.
Segundo dados do próprio partido, o principal foco eleitoral do PFL são os Estados do Nordeste. O Maranhão é considerado reduto político da família Sarney (do ex-presidente José Sarney e da governadora Roseana Sarney).
Indagado se a atual situação política do país pode arranhar a imagem dos parlamentares, Zeca garante que está bastante tranqüilo quanto a esse fato explicando que a população não está levando a sério os problemas de Brasília e vai dar a resposta no dia da eleição. “Ela (população) saberá escolher entre o bom e o mau político, porque há segmentos que precisam ser melhor analisados”, avaliou Zeca.