O DEM está próximo de desembarcar do Movimento Mato Grosso Muito Mais que reúne o PDT, PSB e PPS e é liderado pelo senador Pedro Taques (PDT) que não se declara candidato ao governo do Estado, mas articula para viabilizar sua postulação. Certo de que não terá espaço na restrita chapa encabeçada por Taques, os democratas que postulam a candidatura do senador Jayme Campos (foto) a reeleição sinalizam por um entendimento mais amplo tendo os tucanos como principal aliado, tanto que já conversam nos bastidores na formação de uma nova frente partidária abrindo mão de reforçar a candidatura do senador pedetista, o que causaria problemas na questão de tempo de rádio e televisão, importantes atributos na disputa pelo governo do Estado.
Uma demonstração do descontentamento dos democratas pode ser sentido pelas declarações de Jayme Campos em relação ao que classificou como “inapropriadas” a fala do presidente regional do PDT, Zeca Viana, utilizando seu nome como exemplo para dizer que seu partido não aceitará implicados com a Justiça no palanque do senador Pedro Taques à sucessão estadual. “Em primeiro lugar, não tenho nenhuma condenação e todas as minhas contas foram aprovadas. Viana não pode falar do que não conhece. Ele perdeu uma boa oportunidade para ficar calado”.
Jayme considerou o deputado estadual “precipitado e inábil”, e afirmou que a “base da convivência política é o respeito mútuo mesmo entre adversários”. Para ele, com tal atitude, Viana está construindo um cenário “apocalíptico” para as pretensões do candidato oposicionista. “Ele está propondo o isolamento de Taques, colocando-o em uma redoma. Eleição se faz somando, não dividindo”.
Toda essa celeuma se soma ainda a indefinição de Taques quanto ao palanque presidencial.