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Delação envolve mais um deputado e ex-secretária em Mato Grosso

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A Gazeta ( foto: JL Siqueira)

A delação do empresário Ricardo Augusto Sguarezi, um dos réus da ação oriunda da Operação Rêmora, atinge mais um deputado estadual e uma ex-secretária de Estado no suposto esquema de cobrança de propina na Secretaria de Estado de Educação (Seduc) no governo Silval Barbosa. Trata-se do deputado estadual Allan Kardec (PDT) e da ex-secretária Rosa Neide(PT). De acordo com o delator, quando Rosa Neide assumiu a Seduc em 2010, em substituição ao deputado federal Ságuas Moraes (PT) que disputaria o pleito daquele ano, “ela deu continuidade na cobrança de 3% do valor das obras tocadas pela Aroeira Construção iniciada por Ságua sem 2008”, diz trecho da colaboração que A Gazeta teve acesso.

Sguarezi conta que em maio de 2011,Nuccia Santos foi nomeada para a Superintendência de Acompanhamento e Monitoramento da Estrutura Escolar da Seduc, e teria ficado responsável pela cobrança e recebimento de propinas,“ para abastecer o caixa do Partido dos Trabalhadores”, revela o empresário.

Ainda de acordo com Sguarezi, em 2012, durante as eleições municipais, o então candidato a vereador por Cuiabá, Allan Kardec, filiado ao PT na época, “veio em meu escritório e me apresentou Anderson Roriz, dono de uma Factoring; Que Allan Kardec me disse que iria conseguir dinheiro com a factoring e eu deveria efetuar o pagamento; Que a ordem da Seducera que seria feito todos os esforços para eleger ele o candidato Lúdio Cabral (PT), que concorria à prefeitura de Cuiabá”, consta em outro trecho do depoimento, onde garante que a cobrança permaneceu até em 2014.

A delação de Ricardo Sguarezi foi homologada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio de Melo. Além de reafirmar e complementar informações a respeito do esquema defraudes e direcionamento de 23 licitações da Secretaria de Estado de Educação(Seduc) para construção e reformas deescolas, obras orçadas em R$ 56 milhões, ele envolveu personagens como os deputados federais Ságuas Moraes (PT) e Ezequiel Fonseca (PP).

Segundo ele, tudo teria começado em2008 quando buscava receber da Seduc as medições de uma obra da qual era responsável. Antônio Carlos Ioris, que atuava na Pasta, o procurou para explicar que o pagamento seria realizado, “caso o peticionante concordasse em pagar algumas dívidas de campanha e contribuísse para a eleição do deputado Ságuas Moraes”.

Já em relação a Ezequiel Fonseca, Sguarezi informa que o parlamentar, quando atuava como secretário-adjunto de Estrutura Escolar da Seduc, teria lhe procurado e pedido “uma espécie de ajuda, entregando um carnê de financiamento de uma camioneta, para que fosse quitada em 11 vezes”.

 

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