A juíza da 7ª Vara Criminal, Selma Rosane Santos Arruda, negou novamente os pedidos de suspeição contra ela mesma feitos pela defesa do ex-deputado José Riva (PSD). Dessa vez, foram 16 ações de exceções de suspeições negadas pela magistrada. Há cerca de duas semanas, ela já havia proferido decisão semelhante para outros oito pedidos de exceções, quando negou ter “sólida relação de inimizade” com o ex-presidente da Assembleia Legislativa.
A defesa de Riva aponta que a magistrada possui um “sentimento de repulsa” pelo ex-deputado e, por isso, não está apta a realizar julgamentos em ações criminais às quais Riva responde. Afirma ainda que os pedidos contra Selma Rosane foram motivados pelas decisões da juíza na Operação Imperador, em fevereiro, quando Riva foi preso, e se agravaram com a deflagração da Operação Ventríloquo, quando o ex-deputado foi preso pela segunda vez, uma semana após ter sido liberado por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Como argumento, lembram as medidas cautelares impostas pela magistrada.
Na decisão, a juíza repudia as tentativas da defesa, o que define como “ataques”. “Embora não nutra repulsa e nem simpatia pela pessoa do excipiente, não posso deixar de consignar que, na qualidade de julgadora, repudio a estratégia defensiva por ele adotada, especialmente no que diz respeito aos ataques que tem feito a esta magistrada, todos sem razão e sem fundamento”.