A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPMI) das Sanguessugas já expediu notificações para 15 parlamentares suspeitos de envolvimento na máfia das ambulâncias. A informação é do presidente da CPMI, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), que informou, ainda, que os parlamentares têm cinco dias, a contar do recebimento da notificação, para apresentar defesa por escrito.
Os nomes não podem ser divulgados porque o processo corre em sigilo de Justiça. Mas os membros da CPMI devem se encontrar com a presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Ellen Gracie, para pedir o fim do sigilo. Antônio Carlos Biscaia preferiu não dizer a data do encontro que, segundo ele, já está marcado. O deputado acredita, no entanto, que o sigilo não vai interferir nas investigações. “Os parlamentares estão tendo condições de examinar a documentação, e os técnicos também. O único impedimento é de divulgação indevida. É isso que está no ofício que eu recebi da presidente do STF. O trabalho poderá ser feito sem nenhum prejuízo, na minha avaliação.”
Entrega do relatório
Antônio Carlos Biscaia disse que os deputados vão se esforçar para fechar o relatório da CPMI dentro do prazo de 60 dias. Para isso, o parlamentar acredita que a comissão deve priorizar a investigação na área da saúde, e não se aprofundar em acusações de supostas compras irregulares envolvendo outros ministérios.
A CPMI aprovou, ontem, a ida de integrantes a Cuiabá (MT) para tomar os depoimentos da ex-funcionária do ministério da saúde Maria da Penha Lino, e dos empresários Luiz Antônio Trevisan Vedoin e José Darci Vedoin, donos da empresa Planam. Eles são acusados de coordenar a máfia das ambulâncias. Os depoimentos estão marcados para segunda (10) e terça-feira (11) da semana que vem.