PUBLICIDADE

Coronel Lesco depõe na Polícia Civil sobre envolvimento no caso dos grampos em Mato Grosso

PUBLICIDADE

O ex-chefe da Casa Militar, coronel Evandro Alexandre Ferraz Lesco, prestou depoimento hoje à tarde, aos delegados da Polícia Civil, Ana Cristina Feldner e Flávio Stringuetta, sobre o inquérito que investiga o esquema de escutas clandestinas no âmbito da Polícia Militar.

Lesco está preso há seis dias por decisão do desembargador do Tribunal de Justiça, Orlando Perri, que determinou a prisão de oito envolvidos no esquema dos grampos, além de 15 mandados de busca e apreensão e uma condução coercitiva, na Operação Esdras.

Na ocasião, além de Lesco, foram presos sua esposa, Helen Christy Carvalho Dias Lesco e os secretários atualmente afastados de Segurança Pública (Sesp), Rogers Jarbas, e de Justiça e Direitos Humanos, coronel Airton Benedito Siqueira Júnior.

A previsão era de que Lesco prestasse depoimento na ultima semana, porém, sua defesa requereu prorrogação da data por não ter conhecimento da denúncia. O pedido foi deferido pelos delegados e Lesco teve de se apresentar hoje.

De acordo com a decisão do desembargador Orlando Perri, Lesco é acusado de apresentar os militares responsáveis pela realização dos grampos ao coronel Zaqueu Barbosa, incumbido pela criação do Núcleo de Inteligência.

Além disso, Lesco teria dado ordem a um militar para evitar a qualquer custo que o então secretário Siqueira fosse preso por envolvimento no esquema para "não fragilizar o grupo" que teria grampeado ilegalmente centenas de pessoas entre políticos, jornalistas e até membros do judiciário.

Também seria de responsabilidade de Lesco o pagamento de R$ 24 mil a um militar para aquisição do Sistema Sentinela, de gravação, bem como a contribuição, por alguns meses, para o pagamento do aluguel da sala comercial onde o escritório de inteligência funcionava.

Inclusive a própria esposa de Lesco teria questionado com ele o motivo de o pagamento ter sido por meio de cheques, cujas notas fiscais foram emitidas em nome do coronel. “Porque a Helen questiona o Lesco do porquê ele comprou o equipamento, e a nota fiscal do equipamento foi emitida em nome dele. Porque motivo ele emitiu um cheque, ele poderia ter pago em dinheiro. Ele poderia ter essa nota emitida em nome até de um falecido né, de um defunto, palavras dela”, diz trecho da decisão.

Lesco está preso no 3º Batalhão da Polícia Militar e ainda não há informações de que ele tenha recorrido em instância superior para obter sua liberdade.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Sinop: obra do hospital municipal está 89% executada, diz empresa

A empresa de engenharia responsável pela construção confirmou, ao...

Projeto do voto impresso nas eleições avança na Câmara; 4 deputados de MT favoráveis

A Comissão de Constituição e Justiça da Câmara aprovou...

Ministro anuncia R$ 140 milhões para a agricultura familiar em Mato Grosso

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, fará...
PUBLICIDADE