A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Ellen Gracie, abriu há pouco a primeira das três sessões para decidir se a denúncia do procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, sobre o mensalão será acolhida ou não. O relator, ministro Joaquim Barbosa, está lendo no momento uma espécie de resumo do caso, com 50 páginas.
A leitura da denúncia contra o deputado mato-grossense Pedro Henry (PP), acusado de supostamente receber cerca de R$ 700 mil do esquema, já foi feita pelo ministro relator.
Quatro dos 27 advogados de defesa inscritos para participar da sessão não comparaceram ao tribunal. Como não pode haver julgamento sem direito a defesa, Ellen Gracie designou novos advogados para garantir a representação dos 40 acusados.
Na primeira sessão, depois da leitura do resumo de Joaquim Barbosa, haverá mais quatro etapas: tempo para acusação, tempo para os advogados de defesa, leitura do voto do relator e votação dos ministros.
A ministra Ellen Gracie anunciou que o tribunal fará uma pausa por volta de meio-dia, após a exposição da acusação, e a sessão será retomada às 14 horas, com o início da defesa dos acusados.
Se as três sessões não forem suficientes para a análise da denúncia, o STF já reservou a segunda-feira (27) para que os ministros finalizem o julgamento. Nessa etapa, ninguém será condenado ou absolvido. Caso a denúncia seja acolhida, por inteiro ou em parte, os denunciados passarão a responder como réus em ação penal.
Denunciado pelo ex-deputado Roberto Jefferson em 2005, o mensalão seria um esquema de pagamento a parlamentares em troca de apoio ao governo.