O governador Blairo Maggi (PR) admitiu nesta quarta-feira que o comando da Agência Executora da Copa pode ser modificado sim, desde que os deputados estaduais aprovem a alteração com quorum qualificado, ou seja, voto de dois terços (16) dos 24 parlamentares. Desde o início da discussão de criação dessa agência que vai gerenciar as obras e licitações referentes à Copa do Mundo 2014 em Cuiabá, o governador disse reiteradamente que sua intenção era instituir uma entidade que tivesse mandato até o ano do mundial para evitar interferências políticas ou interrupções no processo. Contudo, agora ele admite que apesar de essa ser sua vontade, um outro governante que assumir o Estado poderá fazer as alterações que quiser, encaminhando projeto para a Assembleia Legislativa.
Maggi falou sobre o assunto em entrevista coletiva concedida por teleconferência. Ele está na África do Sul e retorna ao Estado amanhã, um dia antes do previsto inicialmente. O governador vai direto para Rondonópolis, prestigiar o casamento de uma sobrinha. O restante da comitiva fica até sábado naquele país, quando terá uma agenda no setor de turismo.
Maggi disse que a viagem serviu para ver que é preciso pressa nas ações relativas à Copa, por isso pretende encaminhar o projeto da Agência para a Assembleia assim que reassumir o governo, o que deve acontecer na terça-feira que vem. "O projeto está pronto e vamos encaminhar assim que chegarmos". O governador também afirmou já ter os nomes dos componentes da Agência, que serão anunciados logo que os deputados aprovem o projeto de criação da entidade.
O republicano esclareceu que sempre falou do mandato de cinco anos para os diretores da Agência porque quer dar mais segurança ao projeto, evitando interrupções nos períodos eleitorais (até a Copa serão três, um em 2010, outro em 2012 e um em 2014). "Enquanto eu for governador vou procurar fazer dessa forma. Agora, depois que eu sair, quem for o próximo governador fará o que quiser e arcará com a consequências".