O presidente do PMDB em Mato Grosso, Carlos Bezerra, e sua esposa deputada federal Teté Bezerra divulgaram nota, hoje, rebatendo citações feitas em uma lista da empresa Planam, citando a deputada. A empresa é apontada como núcleo do esquema de fraudes da venda de ambulâncias superfaturadas para prefeituras de diversos Estados. 48 pessoas foram presas pela Polícia Federal, incluindo assessores de deputados, donos da Planam e outra empresa -ambas controladas pela mesma família-.
Eis a íntegra da nota de carlos e Teté Bezerra:
“Em função de reportagens publicadas por jornais de circulação nacional e reproduzidas por outros veículos de comunicação, em que os nossos nomes são citados no caso envolvendo a compra de ambulâncias no país, nos dirigimos ao público e à imprensa para fazer as seguintes explicações:
1) Em quase 12 anos de Congresso Nacional, no caso da deputada Teté Bezerra, e nos oito anos como senador (1995/2003), no meu caso, jamais encaminhamos qualquer emenda parlamentar para compra de ambulância, conforme relatório da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização do Congresso, e que será devidamente encaminhado aos órgãos que investigam a denúncia;
2) Estranhamos enormemente, portanto, que através do pseudo documento-caixa de uma empresa, deixa-se alardear uma informação visivelmente equivocada e maldosa;
3) E este tipo de informação fica ainda mais incompreensível se lembrarmos que o relato de uma das principais denunciadas no escândalo, a ex-assessora do Ministério da Saúde, Maria da Penha Lino, em depoimento à Polícia Federal e publicado em jornais e site de Cuiabá no dia 10 de maio, inocenta alguns parlamentares federais mato-grossenses – entre eles a deputada Teté Bezerra – de qualquer tipo de participação no chamado esquema das ambulâncias;
4) O depoimento do advogado da ex-assessora sobre os parlamentares que estariam fora do “esquema” é contundente: “A cliente disse que estes eram impermeáveis aos pedidos da Planam”, traz trecho da declaração prestada à Polícia Federal;
5) No meu caso, Carlos Bezerra, a possibilidade de envolvimento é ainda mais esdrúxula. Estou há quase quatro anos sem mandato parlamentar. No período em que estive no Senado, reitero – assim como Teté Bezerra -, não apresentei sequer uma emenda destinada à compra de ambulância;
6) Informamos, por fim, que já estamos tomando todas as medidas jurídicas que o caso requer, estudando inclusive ações judiciais contra os responsáveis pela tentativa de enxovalhar pessoas inocentes na rala comum do denuncismo”