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Candidato a reitor visita Sinop e defende parcerias para dobrar investimentos na UFMT

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O candidato a reitor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Paulo Teixeira, visitou o campus de Sinop, hoje, onde ouviu demandas e apresentou propostas para a comunidade acadêmica. Ao Só Notícias, Teixeira defendeu parcerias para conseguir aumentar o orçamento anual da universidade, que atualmente gira em torno de R$ 750 milhões. “Quase a totalidade do nosso recurso vem do Ministério da Educação (MEC). Gostaria que tivéssemos pelo menos o dobro do valor atual em renda própria”.

Paulo citou como exemplo de parceria que pretende buscar, caso eleito, o curso de Engenharia Mecatrônica, no campus de Rondonópolis. “O Estado bancou a infraestrutura e entramos com os profissionais. Esta luta é importante para nos dar autonomia. Entraremos em uma época de dificuldades financeiras, por isso, é importante que o próximo reitor tenha essa capacidade de articulação. É possível aumentar as receitas por meio de parcerias e prestação de serviços para a comunidade”.

Questionado, o candidato evitou falar sobre a implantação de novos cursos em Sinop e demais municípios, mas destacou que tem como meta fazer um diagnóstico sobre as necessidades da região Norte para iniciar a “briga” por recursos. “É difícil falar sobre este tema em época de crise. É importante elaborar um levantamento a partir do que temos e queremos para o futuro. Mais uma vez destaco que a abertura de novos cursos dependerá de muita negociação com o governo federal e trânsito livre nas bancadas estadual e federal. Alguém que tenha em seu passado o histórico de alavancar recursos para a UFMT. Isso nós temos”.

Entre as propostas apresentadas especificamente para o campus de Sinop estão a melhoria na infraestrutura e criação de espaços de vivência para os estudantes. “É uma justa reivindicação da comunidade universitária. Além disso, também precisamos dar mais espaço para os professores trabalharem. Pretendemos discutir a implantação da jornada contínua para os técnicos. É um campus importantíssimo para a região Norte, mas está em formação e ainda existem muitas demandas”.

Apesar de destacar a expansão da última década, Paulo ressaltou que a UFMT tem condições de captar mais investimentos e crescer nos próximos anos. “A universidade está madura e estruturada. Mas melhorias são necessárias. Por isso, é que precisa de um reitor com um currículo de realizações. Os planos de trabalho serão elaborados com base na demanda da comunidade, portanto, no meu ponto de vista, o que é mais importante a avaliação do eleitor é o perfil do candidato. Temos uma proposta ousada e um passado que nos credencia”.

Paulo Teixeira é PhD em Química pela University of East Anglia, do Reino Unido. Atua como professor titular do departamento de Química desde 1993 e, atualmente, ainda ocupa o cargo de secretário de Relações Internacionais da UFMT. Em 1997, foi eleito coordenador do Programa de Pós-Gradução em Saúde e Ambiente (ISC). Em 2000, assumiu a pró-reitoria de Planejamento e, em seguida, a de Pesquisas. Dirigiu, por oito anos, o centro de pesquisas da United Nations University, em Tóquio. Ao longo da carreira acadêmica, escreveu mais de 50 artigos e 10 capítulos de livros, a maioria em publicações internacionais. Elaborou ainda cerca de 20 projetos de pesquisas, que resultaram em aproximadamente R$ 70 milhões de recursos captados para a UFMT. Concorre com ele na chapa “UFMT +50”, como vice, o também professor, médico e arquiteto, Sérgio Allemand.

Mais três chapas foram inscritas para disputar a reitoria da universidade. Sérgio Roberto de Paulo, do departamento de Física, e a professora Marta Cristina Nogueira, do departamento de Arquitetura, formam a chapa “Universidade Proativa”. Pela “UFMT: diálogo e ação” concorrem a professora Myrian Thereza de Moura, da Faculdade de Nutrição, e Evandro Aparecido Soares da Silva, da Engenharia Elétrica. Pela chapa “Inova UFMT”, concorrem o professor João Carlos de Souza Maia (departamento de Solos e Engenharia Rural) e Maria de Souza (Serviço Social). Todos atuam no campus de Cuiabá. As eleições estão marcadas para o dia 16 de março.

Atualmente, a UFMT tem 23 mil estudantes, em 106 cursos de graduação presenciais e 4 na modalidade à distância. São disponibilizados ainda 57 mestrados e doutorados. Dos R$ 750 milhões de orçamento da UFMT, cerca de 70% são utilizados para folha de pagamento. O restante é alocado em despesas fixas (água, luz, telefone, por exemplo), assistência estudantil e outros investimentos. Entre 2014 e 2015, o governo federal reduziu o orçamento da universidade em cerca de 14%.  

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