terça-feira, 21/maio/2024
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Blairo diz que afastamento de Dilma dá condições de sair da crise; Wellington fala em reformas

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Blairo Maggi (PP) foi último senador mato-grossense a discursar, esta madrugada, na sessão de mais de 20 horas, na qual foi aprovado por 55 votos a 22, a admissibilidade do processo  impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), que agora fica afastada por até 180 dias. Votando favorável, ele destacou que  “para mim é claro, o que estamos fazendo hoje é criando as condições para começar, tentar sair de onde nos encontramos, pela irresponsabilidade do governo que estamos nesse momento. É lamentável e é a situação que nos entramos. Não temos outra alternativa se não essa. Portanto meu voto é pela admissibilidade”.

Blairo ainda destacou que a “discussão política ou jurídica desse debate não interessa muito e não pesa muito. Eu defendo e defendi por um longo tempo a possibilidade de um impeachment ou a votação, porque entedia que tínhamos, disse isso nessa tribuna, um cadáver em sepulcro, que não deixava o país andar, pensar, e que a discussão era sobre esse fato. Portanto, pensava que se a Câmara e o governo no momento correto tivessem deixado o processo correr, talvez a presidenta naquele momento, alcance na Câmara, votos suficientes para que esse processo não chegasse aqui. […] E que esse processo pudesse ter sido enterrado lá e com essa quantidade de votos, ela pudesse reorganizar o governo politicamente e economicamente. Disse aqui, que se isso acontecesse nós, que estávamos na oposição e criticávamos o governo, deveríamos recolher as nossas armas, dar um tempo e ajudar o governo. Porque ajudar ele é ajudar a sociedade sair da crise”.

O senador  Wellington Fagundes (PR), que votou antes, defendeu a reforma política. Ele, que votou favorável e também é membro da comissão especial do processo, garantiu que o trâmite vai seguir com celeridade. “Assim como votei voltei na comissão especial semana passada, pela aprovação do relatório , voto agora pela admissibilidade do processo […] Tenho certeza que por esses dias, após admissibilidade haveremos na comissão especial estar analisando processo com toda cautela, principalmente sobre o rito processual, obedecendo a Constituição Brasileira”.

Ele ainda lembrou que este é “o segundo processo de impeachment que participo. Vi o país enfrentar crises políticas e econômicas, mas nunca as duas ao mesmo tempo como acontece agora. Por isso, por si só, já se torna situação atual especialmente grave e preocupante. O Brasil precisa reforma política, com a qual nós todos comprometemos nas últimas eleições. Ela, sem dúvida nenhuma, é a mãe de todas as reformas e dela virão o devido apoio popular para as reformas tributárias, previdenciária, trabalhista e ainda um novo pacto federativo”.

O senador José Medeiros (PSD) foi o primeiro mato-grossense a discursar, ainda ontem de manhã. Ele, que votou favorável, destacou todos os pontos de irregularidades cometidos pela presidente Dilma) e que foram a base para o pedido de impeachment. Também ressaltou que este processo nem leva em questão os recentes escândalos de corrupção no governo, como o caso da Petrobras, e sim apenas as chamadas “pedaladas fiscais”.

Medeiros lembrou que a base do governo vem afirmando que o processo de impedimento é tratado como golpe. Porém, segundo ele, tudo não passaria de uma artimanha para tentar desmobilizar as irregularidades cometidas pela gestão Dilma como o fato de gastar mais do que poderia, praticar gastos sem a aprovação do Congresso Nacional e também utilizar bancos públicos para pagar por programas.

Na nova etapa, o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, passa a ser o presidente do processo, sendo também a última instância de recursos na Comissão Processante. “O processo volta para a comissão, sendo que a instância máxima será o presidente do STF. Se houver alguma questão de ordem que eu indeferir, o recurso será apresentado a ele. Ele passa a ser o presidente do julgamento do impeachment”, explicou o presidente da comissão, senador Raimundo Lira (PMDB-PB).

O vice-presidente Michel Temer (PMDB) assume o comando do Executivo até o encerramento do processo. A comissão pode interrogar a presidenta, que pode não comparecer ou não responder às perguntas formuladas. 

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