O senador Blairo Maggi (PR-MT) se posicionou, hoje, no plenário do Senado Federal, contrário a qualquer protelação na votação do Novo Código Florestal, que centralizou os debates entre parlamentares, cientistas e de aproximadamente 20 mil produtores rurais dos mais diversos Estados – cerca de mil deles do Mato Grosso- que cobraram a aprovação do código, em manifesto na Esplanada dos Ministérios.
Ontem, após a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, pedir o adiamento da votação da matéria, o presidente da Câmara Federal, Marco Maia (PT-RS), protelou por 15 dias a votação do projeto. Em paralelo, em meio ao debate acalorado que se estendeu no Congresso ontem, um dos pesquisadores ouvidos pelos senadores levantou a tese de que seria preciso ao menos dois anos para a conclusão de pesquisas científicas que dessem embasamento científico à revisão do Código Florestal.
“Protelar essa matéria tão importante para o desenvolvimento do Brasil é impraticável. Nós precisamos abrir as portas para a legalização ambiental neste país e para termos a segurança jurídica necessária para se produzir, seja o produtor grande, médio, o pequeno agricultor e o agricultor familiar. Essa questão não pode mais ser adiada. O Congresso precisa votar o Novo Código Florestal”, declarou o senador Blairo Maggi.
O líder mato-grossense se uniu aos produtores rurais na Esplanada dos Ministérios no início da tarde e reafirmou o empenho nas articulações que visam a votação e a aprovação do novo código. Para os produtores rurais, a tramitação da matéria no Congresso Nacional se dá numa verdadeira corrida contra o tempo: se esgota no dia 11 de junho de 2011 o prazo legal para a averbação de reservas legais, o que significa, na prática, a recomposição de passivos ambientais.
No discurso direcionado às caravanas formadas por produtores de todo o país, Maggi reiterou a defesa de que é preciso levar em consideração a importância histórica da atividade agropecuária para o desenvolvimento do país. O posicionamento foi endossado por produtores rurais durante a manifestação.
“Esse dia ficará marcado na história da agricultura brasileira, com um ato tão grande como este, com 20 mil produtores. Nós queremos respeito e queremos continuar produzindo. Não queremos ser taxado como criminoso. Queremos continuar produzindo com dignidade”, declarou o presidente do Sindicato Rural de Alto Taquari (480 km de Cuiabá), Luiz Sperandio.