As denúncias feitas contra o deputado Juarez Costa, de tráfico de influência na Secretaria do Estado de Meio Ambiente, começam a ser apuradas hoje, pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Sema. O assessor dele, Fernando Brandão, também citado na denúncia, deverá prestar esclarecimentos hoje à tarde, para a comissão.
O dono da área que acusou Juarez e assessores de pressionarem a Sema para aprovarem supostos projetos de manejo com irregularidades em troca de propina não compareceu a CPI, esta semana, para prestar depoimentos. A CPI poderá fazer acareação entre ele e Fabio Galindo, dono de outra área, que fez duras críticas a Batista.
Além do assessor do deputado, será ouvido o empresário Jurandir Barros de Carvalho, também denunciado na operação Guilhotina, em julho, que apurou fraudes na liberação de planos de manejo e comercialização de madeira ilegal. Os interrogatórios começam às 14 horas.
Esta semana, outros três já prestaram depoimento na CPI. Ontem, foi a empresária Silmara Mirley dos Santos Nunes, proprietária de uma fazenda em Juara (300 quilômetros de Sinop), também citada na Guilhotina. Ela foi questionada sobre a aprovação, em 36 dias, do plano de manejo para extração florestal de uma área de 499 hectares em sua propriedade, enquanto outros demoram até dois anos.
Ela relatou detalhes da prisão, durante a operação, e criticou a ação da polícia. “Foi uma prisão traumática e humilhante, eu era para ser algemada e só não fui por que um dos policiais que cumpriu o mandado me conhecia e não viu necessidade nisso. A verdade é que os empresários do setor madeireiro não têm chance nenhuma de se defender e são acusados e declarados culpados antes mesmo que qualquer materialidade de crime seja comprovada”, desabafou, por meio da assessoria.
O segundo depoimento foi do engenheiro florestal Marcio Cavalcante, de Sinop, sobre os procedimentos da Regional da Sema na região Norte. Ele também chegou a ser preso durante a operação.