Carlos Fávaro, que renunciou hoje o mandato de vice-governador, subiu o tom com os quatro deputados estaduais do partido que insistem para que o PSD apoie a reeleição de Pedro Taques (PSD). Gilmar Fabris, Nininho, Wagner Ramos e Pedro Satélite anunciaram, esta tarde, permanência no partido e reiteraram apoio ao governador e para o PSD também lhe apoiar. "O PSD esclarece que a decisão é irreversível. Os caminhos da legenda são e serão trilhados ouvindo a maioria. Não podemos confundir democracia com baderna. Não teremos divisão em nosso partido. Não teremos dois lados. Todos devem acatar o que a maioria decidiu. Como bem já frisamos, acabou o caciquismo no PSD. Não vamos permitir que uma minoria queira prevalecer suas ideias no grito", disse Fávaro, presidente do diretório estadual, em nota. "Quem não estiver satisfeito com esse modelo, que não aceita o que a maioria quer, deve buscar outra agremiação partidária", avisou.
"Diferentemente do que foi anunciado hoje por alguns deputados do PSD descontentes com a posição tomada pelo partido de tornar-se independente do atual governo, a executiva do Partido Social Democrático informa que a decisão partidária foi tomada pela maioria em reunião no dia 21 de março em sua sede em Cuiabá, inclusive com a participação desses deputados". "Queremos fazer uma nova política, baseada no respeito das decisões democráticas, que devem começar dentro de nossa própria casa: o partido", afirma Fávaro, que é pré-candidato ao Senado.
Em sua carta de renúncia entregue na Assembleia, ele expôs que buscará construir novo projeto político. "A razão é simples: não poderia me dedicar a esse propósito, fortalecendo o partido para as candidaturas proporcionais e majoritárias recebendo o salário mensal de R$ 20 mil nem continuar utilizando toda a estrutura que dá apoio à vice-governadoria”, declarou.
O governador Pedro Taques considerou, esta tarde, que é legítima a decisão Fávaro (PSD) em renunciar. Ele “já havia me comunicado porque quer se dedicar a sua candidatura ao Senado. Isso é fato e temos que respeitar essa decisão porque ele já protocolou o seu pedido de renúncia, o que é normal. Outros vices que querem concorrer a cargos estão fazendo isso como alguns governadores”, comparou o governador que é pré-candidato à reeleição. “ É legítimo”, avaliou. Agora, quando se licenciar, o presidente da Assembleia, Eduardo Botelho, assumirá o governo