A câmara de Alta Floresta ficou dividida, esta tarde, na votação das contas de 2008 da prefeitura, referentes ao último ano da primeira gestão da prefeita Maria Izaura (PDT). 5 vereadores votaram a favor e 5 foram contrários. Com este resultado, as contas são consideradas aprovadas porque o regimento interno da câmara prevê que são necessários 7 votos para reprová-las. O parecer do Tribunal de Contas de Mato Grosso foi pela aprovação.
O relator das contas no legislativo, vereador Nilson Rodrigues (DEM), apontou que houve ressalvas do tribunal para determinados pontos e que podem ser prejudiciais para o município. “O relatório que venho do TCE aponta 5 faltas graves. Uma delas foi uso indevido de R$ 1 milhão quando a prefeitura só tinha R$ 300 mil para gastar. Esta falta, na minha opinião, é gravíssima e este foi um dos motivos que me embasei para votar contra”, detalhou Nilson, que é da bancada oposicionista à prefeita.
O presidente da câmara, Dida Pires, disse que o parecer do tribunal é claro. “Os conselheiros consideraram que a prefeitura aplicou os percentuais exigidos de verbas na saúde, educação e outros setores. Por isto, aprovou as contas. Houve recomendações técnicas para corrigir determinadas falhas mas, em nenhum momento, o tribunal aponta que houve qualquer irregularidade gravíssima, dolo ou má fé. Ao contrário”, declarou, ao Só Notícias.
As contas de 2008 da prefeitura seriam julgadas na 3ª feira, mas a oposição esvaziou o plenário e não houve quórum. Hoje, houve sessão extraordinária.