Apesar de não ter como prioridade para a eleição deste ano a indicação de nomes para a disputa majoritária, o PSDB não descarta a hipótese de uma candidatura própria. De acordo com o secretário-geral do diretório regional da sigla, Ussiel Tavares, apesar do ex-secretário de Estado, Maurício Magalhães, ter desistido do projeto, os tucanos já tiveram uma conversa com o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Antonio Joaquim (foto).
Também sondado pelo PTB, que ainda não fez o convite oficial, o conselheiro seria uma terceira via na disputa, em um cenário que até o momento tem como nome mais certo para concorrer à sucessão do governador Silval Barbosa (PMDB), o senador Pedro Taques (PDT), em um grupo de oposição à gestão. “Surgiu dentro do partido uma corrente que defende uma candidatura própria com o nome de Antonio Joaquim dentro da possibilidade dele vir a se aposentar do TCE”, declarou o secretário.
Ele pondera que a possibilidade deve ser definida em pesquisa. “Não sabemos se é possível, a essa altura, lançar a candidatura do conselheiro Antonio Joaquim. Ele teve um papel importante no governo Dante de Oliveira (PSDB), mas já se afastou da política há 15 anos, então temos que ver a viabilidade disso”.
De acordo com ele, diante das derrotas sofridas nas últimas eleições, o PSDB não pode mais entrar em aventuras. Desde o ano passado, o PSDB deixa claro que sua prioridade no pleito será a garantia de palanque ao pré-candidato à presidência pelo partido, o senador Aécio Neves. Apesar do PDT, de Taques pertencer à base aliada à presidente Dilma Rousseff (PT), a candidatura do pedetista em Mato Grosso se constrói em sintonia com o PSB, que tem como presidenciável o governador do Pernambuco, Eduardo Campos.
Mesmo com a divisão de palanque, Tavares reconhece que, mesmo diante da possibilidade de candidatura própria, os tucanos devem priorizar, a princípio, o apoio a Taques. “Ele tem se mostrado um senador independente. Aliás, em muitas circunstâncias, votando contra as propostas do próprio governo. Isso faz com que gente tenha confiança no projeto dele”, disse. O secretário ainda lembra que o próprio presidente da executiva nacional do PDT, Carlos Luppi, garantiu liberdade ao palanque do senador pedetista. “Então não temos nenhuma insegurança com relação a isso”.