O detento morto na rebelião no presídio delegado Ferrugem em Sinop, que terminou há cerca de 40 minutos, terminou com a morte do presidiário Antonio Carlos Farias, conhecido por Fofão. Ele ficou preso no Carumbé, foi transferido em janeiro para Sinop.
Ele tinha 35 anos. Fofão fazia parte do grupo dos 28 rebelados que fizeram três carceireiros reféns desde a última quinta-feira à tarde. Os presos reivindicavam afrouxamento nas regras internas do presídio, transferência de alguns, visitas íntimas e só foram atendidas duas reivindicações: visitas quinzenais da comissão de direitos humanos da OAB e exames periódicos de corpo de delito porque alguns presidiários alegam estarem sendo espancados.
A polícia ainda não confirmou se Fofão foi morto por outros presos numa eventual disputa pela liderança do presídio. Internamente, a rebelião também teria esta finalidade. O presidiário Wilson, que seria condenado a mais de 40 anos, seria um dos líderes do motim. A partir de agora, o sistema prisional passará a identificar quem matou o preso Fofão.
A polícia venceu os rebelados no cansaço. Com fome e sede, eles acabram terminando o motim. Mas quebraram grades e teriam danificado parte da estrutura física da ala laranja, além de queimarem colchões.
(Atualizada às 15:16hs)