O homem, de 58 anos, relatou, ontem, na delegacia de Polícia Civil que também foi vítima do suspeito que se passava por policial militar e filho de coronel para aplicar golpes no município. Ele disse aos policiais que o suspeito foi até sua empresa, localizada na rua das Caviúnas com uma farda policial e pediu doações para ajudar nas despesas da PM.
A gerente da empresa disse, ao Só Notícias, que estava ajudando o suposto golpista desde 2015 e que já foram entregues mais de R$ 2 mil. Segundo ela, a última solicitação foi de R$ 200 para uma formatura de alunos de um projeto social que ocorreria na câmara de vereadores. Porém, um funcionário foi enviado para representar a empresa e quando chegou no local estava ocorrendo a sessão ordinária e não cerimônia como havia alegado o homem.
O suspeito, de 38 anos, foi preso na última sexta-feira, em uma empresa de tornearia localizada no setor Industrial Norte, após denúncia que estaria se passando por policial militar e estava recolhendo doação para um "suposto" encontro, em um sindicato sinopense. Um empresário, de 47 anos, relatou que o homem teria ligado pedindo R$ 200 alegando que o dinheiro seria usado em uma palestra que a polícia estaria promovendo. Em troca da ajuda, a policia realizaria algumas patrulhas.
A vítima chamou a polícia e quando o homem chegou para pegar o dinheiro foi abordado pelos militares e se apresentou como sendo filho de um coronel. Porém, acabou sendo preso. Com ele os policiais apreenderam alguns exemplares de um jornal e adesivos com a logomarca da Polícia Militar. Em seguida, foi encaminhado à delegacia para averiguações e medidas cabíveis ao caso.
Um dia depois da prisão, outras três pessoas procuraram a delegacia para denunciar o suspeito. Um homem, de 35 anos, informou aos policiais que ele havia entregue um cheque no valor de R$ 300 para montar um projeto social direcionado a crianças e aumentar o contingente policial na zona rural do município. Segundo ele, o cheque foi trocado em um posto de gasolina.
A outra vítima, um empresário, de 51 anos, relatou no boletim de ocorrência, que o suspeito foi até sua empresa, no bairro Setor Industrial e disse que estava a mando de um coronel da PM para arrecadar fundos para o suposto projeto social, em seguida solicitou R$ 500 em nome da Polícia Militar, entretanto, o homem doou apenas R$ 100. Porém, segundo ele, há 60 dias já havia caído no golpe e entregado R$ 200.
Para uma mulher, de 47 anos, o suspeito solicitou R$ 300, dizendo que iria montar uma escola militar com a mesma estrutura de Cuiabá. O boletim de ocorrência não informa se a vítima entregou o dinheiro.
O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil.