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Polícia e MP fazem operação contra corrupção envolvendo servidores públicos em 4 municípios de MT

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Foi deflagrada, esta manhã, a operação “Logreiro” para cumprimento de 19 mandados de buscas e apreensões em residências de servidores públicos, políticos e escritórios de contabilidade, nas cidades de Primavera do Leste, Campo Verde, Cuiabá e Tangará da Serra, além da secretaria de infraestrutura de Primavera para investigar atos de improbidade administrativa. O juízo da Vara Especializada da Fazenda Pública decretou a indisponibilidade dos bens de empresários e empresas envolvidas em R$ 12 milhões. As buscas realizadas tinham como objetivo localizar patrimônio para o ressarcimento, apurar indícios de participação de servidores públicos e verificar se as mesmas empresas não fraudaram licitações em outros municípios.

De acordo com a investigação do Ministério Público Estadual (MPE), as empresas investigadas vêm firmando em Primavera do Leste sucessivos contratos de prestações de serviços de varrição, fornecimento de mão de obra e outros com o poder público municipal desde 2011, somando mais de 10 milhões de reais até o momento, ficando evidente que o eventual esquema proporcionado por um gestor foi repassado à outra administração. Somente uma das empresas investigadas tem um contrato de R$ 6 milhões de reais em 2017, já tendo recebido R$ 4,5 milhões.

De acordo com a assessoria da Polícia Civil, o esquema não consiste somente na apresentação de propostas fraudulentas, orçamentos fictícios e/ou de empresas que participam do grupo, mas também, quando da prestação dos serviços, a utilização de bens e equipamentos do poder público, quando estes gastos deveriam ser arcados com as empresas contratadas.

Conforme a apuração do inquérito civil, os investigados formaram um ‘cartel’ de empresas em nome de familiares ou de seus próprios funcionários, utilizando-se das mesmas estruturas, para fraudar e ganhar processos licitatórios. Por outro lado, quando as empresas não são participantes dos esquemas, instruem processos de adesão às atas de registros de preços, com orçamentos forjados/falsificados, após ganharem uma ata de registro de preços em outros municípios.

O nome Logreiro tem o significado de oportunista, aproveitador, enganador. Participam da operação 96 policiais civis (16 delegados e 80 investigadores e escrivães), das Diretorias do Interior e Atividades Especiais.

(Atualizada às 14h18)

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