Um novo balanço aponta que das 138 operações realizadas pela Polícia Federal no país, este ano, apenas três aconteceram em Mato Grosso, representando 3,6% do total. A última, batizada de Terra do Diamante foi deflagrada, no dia 9 deste mês, para desarticular um esquema criminoso de obtenções fraudulentas de benefícios de aposentaria por idade e pensão por morte, por via judicial, a supostos trabalhadores rurais e/ou seus dependentes. Ninguém foi preso.
Três mandados judiciais expedidos pela Justiça Federal em Rondonópolis. Participaram da Operação 22 policiais federais e quatro servidores do Ministério da Previdência Social. Buscas foram realizadas na residência de uma intermediária, e em dois escritórios de prestação de serviços advocatícios – um em Catanduva (SP) e outro em Poxoréo. Além dessas, 17 beneficiários foram convocados para prestarem depoimentos no interesse das investigações.
Conforme Só Notícias informou, levantamentos preliminares apontaram 17 benefícios com indícios de irregularidades e prejuízo estimado em mais de R$ 300 mil. No entanto, o prejuízo poderá chegar a cerca de R$ 3 milhões, face a identificação de outros 112 concedidos com as mesmas características.
Na operação anterior, em 9 de maio, a Força Tarefa Previdenciária em Mato Grosso deflagrou a operação Laranja Lima, nos municípios de Alto Paraguai (Médio Norte), Cuiabá e Várzea Grande. A justiça expediu 11 mandados sendo 5 de busca e apreensão e 6 de condução coercitiva aos envolvidos em fraudes e irregularidades na concessão de benefícios previdenciários da espécie pensão por morte. Ninguém foi preso.
Levantamentos preliminares apontaram 8 benefícios com indícios de irregularidade, os quais causaram um prejuízo aos cofres público estimado em R$ 610 mil. As ordens foram expedidas pela justiça 7ª Vara Federal em Cuiabá.
Na primeira operação do ano, Comboio, em abril, 65 pessoas foram presas. Ela foi deflagrada em Cáceres com objetivo de desarticular organização criminosa especializada no tráfico de entorpecentes adquiridos na Bolívia e distribuídos em vários estados do território nacional. Aproximadamente 200 policiais federais participaram. As investigações tiveram início há cerca de um ano, quando foi instaurado inquérito a partir do relatório de inteligência da Operação Sentinela.
Além de Mato Grosso, os mandados foram cumpridos no Pará, Tocantins e Maranhão.