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PF faz em Lucas do Rio Verde e no Paraná operação para combater importação de defensivos agrícolas ilegais

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Redação Só Notícias (fotos: assessoria)

A Polícia Federal deflagrou, esta manhã, operação em Lucas do Rio Verde, Foz do Iguaçu, São Miguel do Iguaçu, Medianeira, Ubiratã e Irati, no Paraná, para cumprimento de 20 mandados de busca e apreensão combatendo importação defensivos agrícolas ilegais. Três suspeitos de importar, comercializar e transportar os defensivos agrícolas foram presos, no oeste do Paraná. Um deles é líder apontado como líder do grupo.

Em Lucas do Rio Verde, não foi confirmado se teve prisões. De acordo com as investigações, a organização criminosa, sediada em Santa Terezinha de Itaipu, entrava no país com os produtos ilegais pelo Lago de Itaipu, informa a assessoria da PF.

A investigação começou em fevereiro de 2019, a partir de apreensões de cargas ilegais de agrotóxicos vindas do Paraguai. Verificou-se que a organização estaria relacionada com, ao menos, 10 prisões em flagrante por importação e transporte de agrotóxicos ilegais, receptação qualificada de veículos furtados ou roubados e adulteração de sinal identificador de veículo (adulteração de placas) nas cidades do Paraná. Nessas ocorrências, foram apreendidas aproximadamente 1,8 toneladas de agrotóxicos ilegais (no valor de cerca de R$ 3,6 milhões), recuperados três veículos furtados ou roubados e presas dez pessoas.

A importação ocorria por meio do lago de Itaipu, em pequenas embarcações, que utilizavam portos clandestinos da região. Em seguida, os agrotóxicos eram armazenados em entrepostos situados em Santa Terezinha de Itaipu e Ubiratã até serem comercializados nos estados do Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Rondônia, Amazonas e Pará. No transporte rodoviário, a organização atuava em comboio de três a cinco veículos, com constantes fugas das forças policiais e direção agressiva.

Além da evasão fiscal, pelo não pagamento dos tributos devidos na importação e no comércio dos produtos, os crimes cometidos geraram danos ambientais em diversos estados da federação. Por outro lado, o transporte irregular, em embarcações precárias, de grandes quantidades (geralmente entre 500 kg a 1 tonelada) desses produtos extremamente tóxicos, em concentrações até seis vezes superiores às permitidas pela legislação brasileira, por via fluvial, traz enorme risco de dano ambiental ao ecossistema regional, considerada a possibilidade de derramamento no rio Paraná.

Além da prisão do líder do grupo criminoso e de seus dois principais auxiliares, foram apreendidos dinheiro, veículos, embarcações e imóveis da organização supostamente obtidos em razão das práticas criminosas.

Os investigados irão responder, na medida de suas participações, pelos crimes de importação e transporte de agrotóxicos ilegais, receptação qualificada, adulteração de sinal identificador de veículo, falsificação de documentos e de organização criminosa. Se condenados, podem receber penas de até 35 anos de prisão.

No início do mês, a PF fez operação em Sinop (onde foram presas 7 pessoas) e em cidades em São Paulo e Paraná combatendo contrabando de agrotóxicos.

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