PUBLICIDADE

PF faz 2ª fase de operação para combater fraudes na secretaria de Saúde de Cuiabá; ex-secretário preso

PUBLICIDADE
Redação Só Notícias (fotos: assessoria/arquivo - atualizada às 10h51)

A Polícia Federal deflagrou, há pouco, a operação Cupincha para cumprimento dois mandados de prisões preventivas em Cuiabá — sendo um deles contra o ex-secretário municipal de Saúde, Célio Rodrigues — e um em Curitiba, além de 13 de busca e apreensão, e sequestro de bens, direitos e valores. Essa é a segunda fase das ações investigativas que fazem parte Curare, que ocorreu no dia 30 de julho para diligências investigativas ostensivas, bem como de identificação e de constrição patrimonial, em decorrência de atos de corrupção e lavagem de capitais, envolvendo o desvio de recursos públicos destinados à saúde.

No apartamento de Célio, segundo a Gazeta Digital, foram apreendidos R$ 30 mil e policiais buscam prender outro envolvido, que reside em Cuiabá. Veículos também foram apreendidos no Paraná e no lago de manso, em Mato Grosso, uma lancha.

Como se apurou na primeira fase que um grupo empresarial, que fornece serviços à secretaria municipal de Saúde de Cuiabá e que recebeu, entre os anos de 2019 e 2021, mais de R$ 100 milhões, manteve-se à frente dos serviços públicos mediante o pagamento de vantagens indevidas, seja de forma direta ou por intermédio de empresas de consultoria, turismo ou até mesmo recém transformadas para o ramo da saúde.

Após o ingresso dos recursos nas contas das empresas intermediárias, muitas vezes com atividades econômicas incompatíveis, os valores passavam a ser movimentados, de forma fracionada, por meio de saques eletrônicos e cheques avulsos, de forma a tentar ocultar o real destinatário dos recursos.

A movimentação financeira também se dava nas contas bancárias de pessoas físicas, em geral vinculadas às empresas intermediárias, que se encarregavam de igualmente efetuar saques e emitir cheques, visando a dissimulação dos eventuais beneficiários.

Paralelamente, o grupo empresarial investigado na primeira fase da operação Curare promovia supostas “quarteirizações” de contratos administrativos, que viriam a beneficiar, em última instância, o servidor responsável pelas contratações com a secretaria municipal de Saúde e Empresa Cuiabana de Saúde Pública, incluindo o pagamento de suas despesas pessoais.

O nível de aproximação entre as atividades públicas e privadas dos investigados envolveu a aquisição de uma cervejaria artesanal, em que se associaram, de forma oculta, o então servidor público e o proprietário do grupo empresarial investigado.

Ontem, conforme Só Notícias já informou, ontem, o juiz Bruno D’Oliveira Marques, da Vara Especializada em Ação Civil Pública e Ação Popular em Cuiabá decidiu que o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) vai ficar afastado do cargo por mais 3 meses. Ele acatou parcialmente o pedido do Ministério Público Estadual. Na ação civil pública, o MP havia pedido que ele fosse afastado por seis meses.

Na decisão, o magistrado ressalta que “a medida de afastamento do cargo é indispensável, tanto para assegurar a utilidade do processo na apuração e responsabilização pelos graves fatos ora apresentados em juízo, tanto para evitar a iminente prática de novos ilícitos” e que os “elementos apresentados na ação são suficientes para demonstrar que o prefeito vem “não só agindo com recalcitrância no cumprimento das determinações judiciais, como também com nítida intenção de dificultar a instrução processual e com indicativos de que, se não obstado, continuará a agir de modo a dar continuidade à prática de contratação temporária irregular e de pagamentos indevidos do denominado prêmio saúde”, acrescentou

 

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Policiais penais apreendem celulares que seriam entregues em presídio de Sinop

Policiais penais do presídio "Ferrugem" apreenderam 14 aparelhos celulares,...

Quatro que estavam brigando na rua em Mato Grosso são presos

A Guarda Civil Municipal de Várzea Grande deteve os...
PUBLICIDADE