quarta-feira, 11/dezembro/2024
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PCC “batizou” mais de 200 detentos em Mato Grosso, diz MP de São Paulo

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O Primeiro Comando da Capital (PCC) “batizou” 233 detentos em Mato Grosso. Os dados são do Ministério Público Estadual paulista e foram divulgados em uma reportagem da Folha de São Paulo. De acordo com a publicação, o batismo significa uma espécie de “ritual de entrada” na facção, sendo necessário o convite por outro membro da quadrilha e o aval de outros dois “batizados”.

O MP aponta que a expansão da quadrilha paulista ocorre desde o final dos anos 1990, quando o governo estadual resolveu mandar os chefes da facção para outros estados. O ranking mostra que, fora de São Paulo, o PCC comanda mais de 16 mil detentos em todos os estados brasileiros. Paraná (2,4 mil presos), Ceará (2,4 mil), Alagoas (1,2 mil), Mato Grosso do Sul (1 mil) são as unidades com maior representatividade do grupo criminoso. Mato Grosso é o 20º estado em número de pessoas ligadas ao bando.

Segundo a publicação, PCC e Comando Vermelho (CV), do Rio de Janeiro, travam uma guerra dentro e fora dos presídios brasileiros. As disputas quase resultaram em duas mortes, em Nova Xavantina. A ordem para o ataque partiu de Leandro Santos Pires, o “Palhaço”, um dos líderes do grupo carioca no Estado, e foi interceptada pela Polícia Civil de São Paulo. O alvo seria um casal ligado ao PCC. 

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) estima que 200 criminosos sejam ligados ao PCC em Mato Grosso. O Comando vermelho, por outro lado, tem um contingente de 800 homens no Estado e é chefiado por Sandro da Silva Rabelo, 57 anos, conhecido como “Sandro Louco”, ex-integrante do PCC e convertido à facção do Rio de Janeiro.

Conforme Só Notícias já informou, as disputas entre CV e PCC resultaram na rebelião ocorrida entre os dias 11 e 12 de abril, no presídio Osvaldo Florentino Leite, o “Ferrugem”, em Sinop. Integrantes da facção carioca tentaram atacar detentos do grupo paulista, que estavam em uma ala “segura” do presídio sinopense, quando teve início a rebelião.

Na época, o secretário de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), Airton Siqueira, apontou que a rebelião em Sinop tinha como motivação uma “rixa entre dois grupos rivais”. A assessoria da secretaria confirmou, ao Só Notícias, que a briga entre PCC e CV foi a causa da rebelião. No entanto, explicou que o governo estadual não cita o nome dos grupos criminosos para evitar um possível “marketing gratuito”.

No total, 5 homens morreram e 27 ficaram feridos durante a rebelião. 

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