As investigações da Polícia Judiciária Civil sobre a extração ilegal de madeira, em área de floresta da região do município de União do Sul, flagrou mais de 500 metros cúbicos de madeira derrubada sem autorização dos órgãos ambientais. Duas pessoas foram autuadas em flagrante por crimes ambientais e apreendidos dois tratores, três motosserras, 1 gerador de energia, 1 compressor de ar e um Fiat Strada. Um dos presos é o tratorista que estava derrubando a madeira da área e o segundo é uns dos empreiteiros, pessoa que compra a madeira, contrata pessoas e coloca os tratores na floresta para o corte clandestino de árvores.
Há nove dias, uma equipe da Delegacia Especializada do Ambiente (DEMA), da capital, está na região para averiguar denúncia da ação criminosa de uma quadrilha que atua na derrubada de árvores nativas da fazenda Ouro Verde, no município de União do Sul, no Nortão de Mato Grosso.
Mais de 21 caminhões carregados foram retirados da área com as madeiras derrubadas, que estão sendo armazenadas no depósito de uma serraria, na cidade de Cláudia, sob a custódia da prefeitura. O delegado titular da Dema, Carlos Fernando Cunha, disse que a equipe se deslocou até a região com a intenção de iniciar as investigações, realizando uma vistoria “in loco”, mas ao chegar à área flagrou centenas de toras de madeira no chão, que seriam retiradas da área e vendidas para madeireiras da região e, posteriormente, esquentadas com documentação vendidas por empresas com créditos florestais. “Chegamos aqui para começar a investigação, para conhecer a área, mas está tão evidente a prática criminosa que tivemos que agir”.
Segundo o delegado, há uma diferença nas autuações dos presos, pois um é empregado e o outro patrão. O empreiteiro vai responder por furto qualificado de madeira, durante o período noturno, praticado por mais de duas pessoas, de forma continuada, além de crimes ambientais (armazenamento e transporte de produto florestal sem licença; uso de motosserra sem licença; e extração, corte e dano de vegetação em propriedade particular sem licença do órgão ambiental).
O tratorista vai responder por furto qualificado continuado e extração de madeira em propriedade particular, sem licença do órgão ambiental. A equipe policial permanece na região até esta terça-feira (4).