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Nortão: justiça decreta prisões preventivas de 8 investigados por crimes ambientais

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Oito pessoas do segmento madeireiro, investigadas na operação "Fluxo Verde", tiveram as prisão preventivas decretadas pela Justiça estadual a pedido da Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema). A ação, deflagrada na semana passada, nas cidades de Cláudia e União do Sul (90 e 130mkm de Sinop respectivamente) resultou nas prisões de sete pessoas e o oitavo acusado foi preso, no último domingo. São donos ou responsáveis por madeireiras e pessoas ligadas ao segmento, estão no presídio Osvaldo Florentino Leite Ferreira, o “Ferrugem”, em Sinop. Eles respondem por furtos qualificado, receptação, formação de quadrilha, falsificação de documento e vários outros crimes ambientais.

A operação também apreendeu cinco pás-carregadeiras, dois caminhões, duas motocicletas, veículo de passeio, uma motosserra, uma espingarda de pressão, munições, CPU e diversos documentos, que estão sendo analisados pela Dema.

Para ação da delegacia, a Justiça decretou 13 mandados de prisão temporária (cinco dias), sendo oito deles cumpridos e 18 mandados de buscas e apreensão cumpridos em nove madeireiras e nove residências. Agora os investigados serão mantidos presos preventivamente.

As madeireiras tiveram as atividades paralisadas até a contagem dos produtos florestais estocados em seus pátios. O trabalho é feito por fiscais do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos  Naturais Renováveis (Ibama), que ainda estão aferindo as toras e para depois comparar com a quantidade declarada no Sistema de Comercialização e Transporte de Produtos Florestais (Sisflora), da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema).

As investigações iniciaram há quatro anos pela Dema para apurar denúncias de crimes ambientais cometidos em uma propriedade de terra, de 27 mil hectares no município de União do Sul. "Estas terras estão sendo dilapidadas, o bioma da região está acabando, tamanha a depredação do meio ambiente", disse a delegada Maria Alice Amorim.

Conforme a delegada, desde o ano de 2012, a Dema instaurou 12 inquéritos policiais, mas ainda não havia causado efeito na repressão aos furtos, mesmo depois da prisão de mais de 20 pessoas, apreensão de cerca de 1.200 metros cúbicos de madeiras, 29 caminhões, tratores, motosserras e outras ferramentas apreendidas na fazenda de floresta nativa, que vem sendo loteada por quadrilhas que se beneficiam da madeira extraída ilegalmente. "A gente fez flagrante de pessoas que trabalhavam na mão de obra e não conseguia identificar os receptadores. O crime não parava porque tinha quem financiava"

"O que precisava ser identificado é a madeireira, que alimenta o fluxo da extração, e existem propriedades que também praticam a retirada da madeira", afirma a delegada.

Conforme apurou a Polícia Civil, a madeira clandestina já sai documentada da região, devido agilidade da quadrilha, que com uso de notas fiscais frias consegue "driblar" a fiscalização durante o transporte nas rodovias.  "A ideia da busca cautelar é identificar de onde vem esses documentos. Todo o esquema delituoso vai se esclarecido agora com o cumprimento dessas prisões temporárias e das buscas e apreensão", finaliza da delegada.

(Atualizada às 15:51h)

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