O motorista envolvido no acidente que matou o motociclista Hayran Fellipe Campos Severo da Silva, 18 anos, na última segunda-feira (14), apresentou-se espontaneamente à delegacia, nesta quarta-feira. Segundo o delegado Sérgio Ribeiro, o condutor alegou não ter percebido a colisão no momento do impacto e só tomou conhecimento do ocorrido quando foi abordado por testemunhas duas quadras adiante, local onde faria uma entrega.
O condutor, que dirigia um caminhão betoneira, não possuía habilitação para veículos pesados – tinha apenas CNH categoria AB. Investigadores apuram a autenticidade de uma carteira supostamente emitida no Paraná, suspeita de ser falsificada.
“Então, de um lado, ainda que tenha culpa concorrente, por um excesso de velocidade por parte do motociclista ou falta de atenção, tem o fato de o motorista do caminhão não estar habilitado para conduzir aquele veículo. Então, neste caso, configura a imperícia, e tipifica o crime de homicídio culposo na direção de veículo automotor”, explicou o delegado.
O acidente ocorreu no cruzamento da avenida das Figueiras com a rua Roma, no Jardim Itália 3. Imagens de segurança mostram a moto Honda Twister 250 colidindo com o caminhão durante uma curva, seguida de atropelamento. Hayran morreu no local, enquanto o garupa, de 19 anos, sofreu ferimentos na perna. Testemunhas relataram que o motociclista reduziu a velocidade, mas não conseguiu evitar o choque.
Segundo o delegado, o inquérito deve indiciar tanto o motorista quanto o proprietário da empresa responsável pelo caminhão. A perícia técnica ainda deve emitir laudo sobre as circunstâncias do acidente. O condutor foi liberado após prestar depoimento e responderá ao processo em liberdade.
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