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Justiça mantém na cadeia acusado de latrocínio de professor universitário em Sinop

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Só Notícias/Herbert de Souza (foto: arquivo/assessoria)

A Justiça não acatou o pedido da defesa para revogar a prisão de um jovem de 22 anos, acusado de ter envolvimento no latrocínio (roubo seguido de morte) do professor Francisco Moacir Pinheiro Garcia, 53 anos, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), em Sinop. O docente lecionava no curso de Enfermagem e desapareceu em dezembro de 2018. O corpo dele foi encontrado com sinais de tiro na cabeça, às margens da MT-423, rodovia que liga Sinop a Claudia.

A juíza Rosângela Zacarkim, que negou o pedido de soltura, levou em consideração que a instrução processual já foi encerrada e que falta apenas a sentença do caso. Ela ainda destacou que já reanalisou a prisão preventiva do réu, no final do ano passado e refutou, também, uma possível situação de contágio pelo covid-19 nas unidades prisionais do Estado.

“Na presente hipótese, verifica-se que o réu não se encontra na faixa de risco especificada pela OMS, bem como os fatos narrados nos autos são dotados de extrema gravidade e complexidade, sendo certo que predicados pessoais, ocupação lícita e domicílio fixo não são, por si sós, suficientes para afastar a concorrência dos pressupostos e requisitos constantes do art. 312 do Código de Processo Penal, além de que este juízo, anteriormente ao presente pedido, já realizou a reanálise de todos os processos em que seria o caso da revogação da prisão, diante da situação atual, entendendo que o presente feito não se enquadrava nessa situação”.

Conforme Só Notícias já informou, em agosto do ano passado, a Justiça revogou a prisão do personal trainer de 27 anos, também acusado de envolvimento no crime. O suspeito estava preso desde janeiro de 2019, quando foi localizado por policiais civis em uma casa, na rua dos Lírios, no centro. Segundo um investigador, o suspeito “estava sendo monitorado e ficou em diversas casas em vários bairros para não ser preso. Nossa investigação apurou que ele foi o elo entre o principal suspeito, de 32 anos, e os outros dois suspeitos acusados de atirarem no professor”.

No ano passado, um adolescente, 16 anos, foi apreendido, em uma empresa na área central. De acordo com o delegado Ugo Reck, ele confessou que seria um dos autores dos disparos feitos com um revólver calibre 22. O segundo suspeito, de 22 anos, por outro lado, ao ser preso, declarou que não conhecia a vítima. Ele alegou que o mandante do latrocínio entrou em contato, após pegar o número com o adolescente que trabalha em uma academia, dizendo que “tinha um corre para fazer”.

O suspeito afirmou que o acusado combinou que era para ele e o menor irem até o condomínio onde a vítima morava e se esconderem em uma área de mata nas proximidades, quando, então, o comparsa iria passar na frente e dar sinal luminoso com o veículo para que realizassem a simulação de um assalto. Ainda de acordo com o depoimento, o suposto mandante havia dito que levaria a vítima para um local ermo e que apenas a amarraria. Mas que, ao chegar nesse local (nas proximidades do município de Cláudia), Moacir teria percebido que o amigo estava envolvido com o crime.

O suspeito afirmou que, naquele momento, o mentor do crime teria feito a vítima descer do carro e seguiu com ela por alguns metros em uma propriedade rural, deixando os dois comparsas no veículo. Segundo esta versão, pouco tempo depois (aproximadamente 10 minutos), foram ouvidos disparos de arma de fogo. O jovem de 22 anos afirmou ainda que houve a promessa de pagamento de R$ 25 mil. O comparsa teria comentado que venderia o carro da vítima e também a casa de propriedade do professor.

Já o homem que é apontado como mandante, foi o primeiro a ser detido, próximo ao pedágio da BR-163, em Sorriso, no Renault Sandero da vítima que estava com as placas adulteradas. No momento da prisão, disse que fez a adulteração porque sabia que estava sendo procurado e queria inibir eventual abordagem policial. Sobre a morte do professor afirmou não ter nenhuma participação e alegou que havia emprestado o carro, pois tinha confiança da vítima.

Ele responde ação penal por se passar por outra pessoa “para obter vantagem”, além de adulteração veicular. Junto com os outros dois jovens, também foi denunciado por latrocínio e corrupção de menores.

O corpo do professor foi reconhecido no Instituto Médico Legal (IML) por servidores da UFMT. Ele foi trasladado e sepultado em Fortaleza, no Ceará.

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