Entidades de classe de Sinop, que representam comércio, indústria e a sociedade, vão cobrar do governador Silval Barbosa (PMDB) e do secretário de Segurança Pública, Diógenes Curado, mais ações do poder público na área da segurança, no município. O crescente índice de assaltos e furtos em empresas é uma dos motivos do manifesto. A reivindicação vai constar em uma carta, que está sendo elaborada, e será entregue aos dois deputados estaduais de Sinop, Dilmar Dal Bosco (DEM) e Baiano Filho (PMDB). Eles ficarão responsáveis por pressionarem o governo. Caso esta medida não tenha o efeito esperado, novas manifestações podem ser feitas. A carta foi elaborada pela CDL, Codenorte, ACES, OAB, Sindusmad, CRC.
O presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Sinop, Afonso Teschima Júnior, explicou ao Só Notícias, que as entidades concedem um prazo para que o governo do Estado tome medidas contra a “onda” de assaltos que vem ocorrendo no município. Caso nada seja feito de maneira efetiva, durante este prazo concedido, medidas mais drásticas poderão ser tomadas pelo setor. Ele preferiu não adiantar quais seriam pois vão ser debatidas coletivamente.
Teschima disse que as entidades de classe sinopenses estão cansadas de lidar com os constantes assaltos que vem ocorrendo no município e “nada vem sendo feito” pelo governo do Estado. A principal “bronca” são com as ações criminosas praticadas, principalmente, por menores. Estes cometem a infração e, em alguns casos, são apreendidos, mas por falta de um centro de ressocialização no município acabam liberados, pois não podem ficar presos no Ferrugem e muito menos na delegacia da Polícia Civil.
“Estamos vivendo uma situação de completa impunidade. Estes menores praticam os crimes, a polícia pega, mas depois voltam às ruas pois não tem um local para eles. Na semana passada, assaltaram um comércio local. Lá tinha câmera de monitoramento e nem fizeram questão de se esconderem”, ressaltou o presidente indignado com a situação, pois como são menores se fossem apreendidos logo seriam soltos.
Teschima lembrou que o fato já havia sido comunicado ao governo do Estado, no ano passado, durante a realização do projeto “Governo Itinerante”, quando o governador e todo o secretariado veio a Sinop atender a demanda da região. “Fizemos as cobranças necessárias, mas até agora nada de prático foi realizado. A sensação de impunidade continua”.
(Atualizada às 18:28h)