quarta-feira, 24/abril/2024
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20 presos em Mato Grosso acusados de envolvimento com grilagem de terras

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A Superintendência da Polícia Federal em Mato Grosso divulgou os nomes das 20 pessoas que tiveram prisão preventiva decretada em Mato Grosso. Elas foram presas na “Operação Rio Pardo” sob a acusação de formação de quadrilha e o extermínio de índios não civilizados – que não são foram contactados pela Funai, na região de Conilza. Entre os presos, o secretário de Habitação da Prefeitura de Cuiabá, Oscar Soares Martins, que após ser ouvido pela PF foi transferido para a Polinter, e o assessor parlamentar Aguinaldo de Souza Miranda, do deputado Pedro Satélite (PPS). O médico Elton Maria dos Santos foi preso em São Luiz de Montes Belos, Sudoeste de Goiás. Já em São Paulo foi detido Alécio Jaruche. A Operação terá seu encerramento nesta sexta-feira quando se espera a prisão de todos os envolvidos, incluindo muitos fazendeiros e madeireiros que estão invandindo as áreas indígenas na região.

O juiz da Primeira vara da Justiça Federal de Mato Grosso, Julier Sebastião da Silva, que concedeu os pedidos de prisões informou que a exploração econômica na reserva indígena da etnia Tupi Kayahib na cidade de Colniza, no extremo Oeste e localizada a 1.1170 quilômetros de Cuiabá, aconteceu com autorização feita pelo Estado através da extinta Fema (Fundação Estadual do Meio Ambiente). O ex-presidente do orgão, Moacir Pires de Miranda, que foi preso durante a operação Curupira no primeiro semestre deste ano, autorizou madeireiros explorarem ilegalmente a região.

O juiz Julier Sebastião da Silva disse que a Justiça Federal não vai dar trégua a estes fazendeiros, madeireiros e pessoas influentes da administração pública estadual e municipal. O juiz revelou que até esta sexta-feira a operação estará em curso de forma ininterrupta. “Vamos tirar de circulação todos os envolvidos nesta escândalo contra os índios de Mato Grosso e a floreta amazônica”, anunciou.

Na superintência da Polícia Federal de Cuiabá estão presos também José Correa de Almeida, Mário Soares Brandão, Luiz Humberto Borges, Ilson José Alves de Lima, Abílio Mateus, Arnon Antônio Salamoni e Fernanda Luiza Bezerra de Menezes. Em Juina foi preso Gentil Berdontini. Em Barra do Garças, a PF prendeu Wanilton Luiz Alves. E em Aripuanã foram presos Célio Vasconcelos de Assunção, Nelson Takada, e Almir Mesquita Belina. Em Colniza, a Polícia Federal prendeu Renato Pinto, Rosiene Carvalho Barros, Roberto Mateus Tinoco e Claudinei Correia de Almeida.

A “Operação Rio Pardo” foi desencadeada no início de novembro a pedido da Funai e do Ministério Público Federal. Através destas solicitações a Polícia Federal começou a investigar a existência de uma poderosa quadrilha que agia nas regiões de Cuiabá, Colniza, Aripuanã, Nova Maringá, Juara, Guarantã do Norte e Várzea Grande, além dos Estados de Goiás, Paraná, Santa Catarina, Rondônia, Mato Grosso do Sul e São Paulo.

Segundo as informações repassadas pela Polícia Federal, que está com um contigente de 110 ações nesta operação, os mandados de busca e apreensão e de prisão temporária expedidos pelo juiz da 1ª Vara da Justiça Federal de Mato Grosso, Julier Sebastião da Silva, são de pessoas físicas e jurídicas investigadas através do inquérito policial de número 519/2005 por indícios de formação de quadrilha para efeitos de “grilagem de terras da União”, genocídios contra grupo indígena isolado e delitos ambientais em Colniza.

A Polícia Federal informou que fazendeiros haviam fundado a Associação de Produtores Rurais de Colniza e juntamente com a empresa “Sul Amazônia, Madeiras e Agropecuária Ltda – Sulmap -, estavam comando a matança de índios isolados e promovendo a grilagem de terras da União.

Fiscais do Ibama e agentes da PF prenderam na sexta-feira, Marcelo Alberto Fávero e seu funcionário, Sidnei Medeiros, sob a acusação de extração ilegal de madeira, caça ilegal de animais silvestres, porte ilegal de arma de fogo e possível trabalho escravo. Com eles foram apreendidos 2 revólveres, dois caminhões e uma carreta carregados com aproximadamente 120m³ de madeira da espécie Itaúba.

Marcelo estaria retirando madeira fica na divisa dos municípios de Nova Ubiratã e Feliz Natal, na área indígena do Parque Nacional do Xingu. Ainda o envolvimento de empresários madeireiros de Sinop, Sorriso, Vera e Feliz Natal, além de uma tribo de índios do próprio parque, também está sendo investigado.

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