quarta-feira, 1/maio/2024
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Vamos falar sobre linfomas?

Gabriela Matias, médica hematologista na Oncomed-MT em Cuiabá
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O linfoma é um tipo de câncer que ocorre no sistema linfático, uma rede de pequenos vasos e gânglios que fazem parte do sistema circulatório e imunológico. Sua ocorrência está associada a mutações genéticas, mas também pode estar relacionada a alguns fatores de risco, como pessoas com sistema imune comprometido. Agosto é o mês dedicado a conscientização sobre a prevenção, tratamento e diagnóstico dos linfomas. A campanha recebe o laço de cor verde-claro.

Tipos de Linfomas
Existem dois tipos de linfomas que se diferem na apresentação clínica, agressividade, forma de tratamento e associação com doenças virais. Dentro de todos os subtipos, destacam- se dois grandes grupos:
• Linfoma de Hodgkin: corresponde a 11% de todos os linfomas e a 1% de todos os tipos de neoplasias. Apresenta grande incidência em adolescentes, adultos jovens e idosos na faixa de 60 anos.

• Linfoma Não Hodgkin: o Linfoma Difuso de Grandes Células B é o mais comum entre os linfomas, corresponde a 40 % dos tumores. Geralmente acomete idosos com idade média de 64 anos.

Principais sintomas
Ocorrência de caroços indolores nas regiões da virilha, axilas, pescoço, clavícula e mandíbula. Também podem surgir sintomas como febre, emagrecimento, sudorese e alterações cutâneas.

Como é feito o diagnóstico?
Por meio de exame físico, de imagem e da análise da história clínica do paciente. Além dos exames, a biópsia do linfonodo ou do órgão acometido é imprescindível.

Como é o tratamento?
A quimioterapia é o tratamento-padrão da doença, podendo ou não, ser associada a radioterapia, o que vai depender do tipo do linfoma, estágio da doença, sintomas e o estado de saúde do paciente. Alguns linfomas não agressivos podem ser apenas acompanhados pelo médico, sem necessidade de um tratamento específico.

Tem cura?
De modo geral, alguns tipos de linfoma têm cura. Outros, apesar de não apresentar possibilidade de cura, apresentam evolução lenta e a doença pode ser controlada com o tratamento. Vale ressaltar que existem vários subtipos de linfomas e cada um tem as suas particularidades. O diagnóstico precoce é uma estratégia para a efetividade do tratamento.

Estatísticas
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), no Brasil, estimam-se 2.640 novos casos de linfomas de Hodgkin por ano, sendo 1.590 homens e 1.050 mulheres. Já os casos de linfomas não Hodgkin apresentam a estimativa anual de 12.030 casos, sendo 6.580 homens e 5.450 mulheres.

Importante lembrar
A doença pode acometer qualquer faixa etária e o diagnóstico precoce favorece melhor a resposta ao tratamento.

Covid e Linfoma
Os pacientes com linfoma apresentam a imunidade comprometida, portanto, entram no grupo de risco para Covid19. Importante que usem máscara e sigam todas as medidas de segurança, sem se afastar do tratamento oncológico.

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