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Tive um Infarto, posso fazer exercícios?

Max Lima - especialista em Clínica Médica pelo Instituto dos servidores do Estado de São Paulo, especialista em Cardiologia pelo Instituto Dante Pazzanese, Especialista em Terapia Intensiva pela AMIB, Ex Conselheiro Federal de Medicina (2019-2024), ex-presidente da SBC MT
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A prática de exercícios físicos após um infarto do miocárdio (IAM) é não apenas possível, mas também altamente recomendada na maioria dos casos. Diversos estudos comprovam que a reabilitação física pode melhorar a qualidade de vida, reduzir a mortalidade cardiovascular e prevenir novos eventos cardíacos.

No entanto, a retomada da atividade física deve ser conduzida de maneira criteriosa, com a avaliação e acompanhamento de um cardiologista como peça-chave nesse processo.

Por que o Exercício é Importante Após o Infarto?

Após um infarto, o coração passa por adaptações estruturais e funcionais. O exercício físico, quando bem orientado, oferece os seguintes benefícios:

Melhora da função cardiovascular: Aumenta a eficiência do coração em bombear sangue, reduzindo a carga sobre ele.

Controle de fatores de risco: Auxilia no controle da hipertensão, diabetes, obesidade e dislipidemias.

Redução do estresse: Contribui para a saúde mental e alivia sintomas de ansiedade e depressão.

Prevenção de novos eventos: Reduz a inflamação e melhora a elasticidade das artérias.

A Importância da Avaliação Cardiológica

Antes de iniciar qualquer programa de exercícios, é essencial realizar uma avaliação completa com um cardiologista. Essa etapa inclui:

Histórico clínico e exame físico: Identificar condições associadas que possam influenciar a segurança do exercício.

Testes diagnósticos: Um teste ergométrico ou ecocardiograma de estresse pode ser solicitado para avaliar a capacidade funcional e possíveis alterações isquêmicas.

Ajuste da medicação: Muitos pacientes precisam de ajustes nas doses de medicamentos, como betabloqueadores, para melhorar a tolerância ao esforço.

Durante a Prática de Exercícios

A supervisão médica contínua é indispensável para garantir segurança. Programas de reabilitação cardíaca supervisionados são considerados o padrão-ouro, especialmente nos primeiros meses após o infarto.

Monitore a intensidade: O uso de frequencímetros e a percepção de esforço são ferramentas úteis para evitar sobrecarga.

Priorize exercícios aeróbicos: Caminhada, ciclismo e natação são indicados, começando com baixa intensidade e aumentando progressivamente.

Inclua treinamento resistido: Após liberação médica, exercícios de força leve a moderada ajudam na saúde muscular e óssea.

Acompanhamento a Longo Prazo

O papel do cardiologista não termina com a liberação inicial para atividade física. Avaliações regulares são fundamentais para monitorar a evolução do paciente e ajustar o plano de exercícios, conforme necessário.

Reavaliações periódicas: Garantem a segurança e identificam possíveis complicações precocemente.

Educação contínua: O paciente deve entender os sinais de alerta, como dor no peito, tontura ou falta de ar excessiva, que indicam a necessidade de interromper o exercício e procurar ajuda médica.

Conclusão:

Sim, é possível e altamente benéfico fazer exercícios após um infarto. No entanto, o sucesso desse processo depende de uma condução criteriosa, com o cardiologista como a pedra angular. Sua experiência e acompanhamento garantem que cada passo seja dado com segurança, ajudando o paciente a recuperar sua saúde física e emocional.

Se você passou por um infarto e deseja retomar as atividades físicas, consulte seu cardiologista. Com planejamento adequado, o exercício será um aliado poderoso para sua saúde e longevidade.

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