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Um visitante desagradável

Wilson Carlos Fuáh
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Como é bom estar com os iguais, apesar de todos serem considerados como iguais, mas às vezes temos que desenvolver algum esforço para não deixar que a nossa voz fique travada, porque estamos diante de um desigual. 
 O desigual é facilmente identificado, simplesmente porque em todos os assuntos que tentamos desenvolver, nada flui diante deste, e os momentos seguem, até entendermos que nada temos em comum com o visitante desagradável, por isso, diante da possibilidade passarmos por de algum relacionamento obrigatório, temos que utilizar todos os assuntos possíveis, e buscando diminuir a vivência dos momentos ruins e fazendo com que os minutos não se tornem uma eternidade de tédio.

Quantas vezes temos que tentar ser amável ao receber uma visita não programada, e temos que falar e ouvir o que não queremos, ou também comer e beber o que não nos dá sabor prazeroso, ou ouvir e falar sobre o que não nos interessa, mas a vida nos prega cada peça, em forma de momentos onde a dolorosa realidade nos colocam em situações preocupantes, onde as palavras já não saem sozinhas da nossa boca, e por isso, temos que exercer a força psicológica irresponsável para manter as aparências, pois em algumas situações temos que ter disposição para falar, quando não temos nada a dizer.

Manter um relacionamento social com os iguais entre os desiguais, é exercem e portar como a falsidade agradável, é o famoso exercício do “politicamente correto”, pois existem muitas diferencias entre as pessoas, e em alguns casos, temos que parecer o que não somos, para exercitar o poder da aceitação, para aí sim, transformar um visitante indesejável em aceitável, e transformar os momentos obrigatórios cansativos, em encontro rápido, para não ficarmos na agonia de não ter o que dizer, pois as conversas agradáveis nascem necessariamente do consentimento de ambos, agindo assim, a vida fica mais leve e agradável, mas nem sempre é assim.
 Para aceitar e ser aceito, o passo inicial, depende de uma simples conversa, pois na vida, em qualquer coisa relacionada entre as pessoas, temos que ter o cuidado para respeitar o consentimento mútuo. 
 É preferível em certos casos, usarmos o poder do silêncio como um sinalizador, a pior coisa quando recebemos uma visita de um desigual, é ter que ficar calado, e ter o castigo de saber o quanto dói um silêncio programado.

Infelizmente temos que deixar a sinceridade de lado, e sorrir e ouvir, para não se transformado também em um desagradável, pois para ser aceito e aceitar um relacionamento, em muitos casos, muitos vivem da falsidade agradável, e para ser sincero, pois em certas ocasiões, o silêncio fala mais alto ou fala por nós.
 E, quando essa visita vai embora, transforma sua despedida em momento feliz, e podemos nos desabafar com um suspiro de alívio e apoderar daquela sensação, como se a vida ficasse mais leve, em homenagem a partida de um desigual.

Economista Wilson Carlos Fuáh – É Especialista em Recursos Humanos e Relações Sociais e Políticas em Mato Grosso
[email protected]

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