O excesso de eleições nunca se constituirá num mal, pois a eleição futura sempre corrigirá a passada, pois só aprenderemos a votar, votando.
Um pleito eleitoral tem o poder de colocar candidatos vendedores de sonhos e ilusões, frente a uma multidão anestesiada pela esperança de encontrar um perfil de administração que concilie sonhos e realidades e que traga como meta maior a proposta de uma cidade organizada, confortável, e que traga satisfação, respeito e orgulho a seus munícipes. É um ato de extrema importância e responsabilidade, participar de um processo eleitoral, onde através do voto, passaremos uma procuração a um homem investido de político, e que ao vencer o pleito, dirigirá por longos 04 (quatro ), o futuro de nossa cidade.
A população estará elegendo no próximo ano, o Prefeito ilusoriamente IDEAL, período em que vários projetos de governo aparecerão nos debates eleitorais, alguns com propostas visionárias, na pretensão de preparar a cidade para o grande processo de mudança e modernização, mantendo originalmente as heranças históricas e festeiras que os nossos antepassados nos legaram, sem que precisassem se utilizar de fórmulas mágicas e varinha de condão.
Todos os ex-prefeitos deram um pouco dos seus trabalhos e realizaram o que era necessário e possível, enfrentando as dificuldades que eram gigantescas em função dos escassos recursos, na maioria das vezes, compensados com muito trabalho, dedicação, sonhos e forte persistência e edificaram a nossa linda cidade de Cuiabá, não se importando em quantos pedaços ficariam fragmentados no planejamento original, pois a carência da cidade sempre foi infinita, e o futuro sempre cobrou pelo que não foi realizado, pois as necessidades não cessam com o decorrer do tempo, e os eleitores ao votar esperam que o Prefeito de plantão conserte os equívocos de uma administração que praticou excessos de sonhos sem dispor de recursos para tal e que frustrou de maneira drástica a capacidade de sonhar do seu sucessor.
Ao povo cabe avaliar o que os esperará na esquina do ano de 2024, pois através de longas evidências já constatamos que a eleição é como uma loteria, e que ao escolhermos um novo governante, experimentamos uma sensação de felicidade, “meio que hipnotizados” pelo poder do marketing político que massifica inverdades e verdade, e que estimula nossos sonhos, pelas sequências e repetições contínuas de alternativas de mudanças.
Toda essa festa da democracia leva o povo a acreditar em propostas de um mundo melhor, e do emprego do algoritmo mágico nos passam sonhos de conquistas impossíveis e irreais, diminuindo significativamente, o poder de avaliação e consciência, onde tudo que se apresenta é pouco, e que ao longo das campanhas eleitoras, nos apresentem propostas aparentemente de repentina transformação, que num tempo bem próximo, evidenciará o que exatamente é real ou irreal.
Em, 2024 estaremos fazendo o exercício da democracia que é votar, e muitos dos nossos contemporâneos voltarão a acreditar em fórmulas mágicas, em projetos faraônicos, cultivando a ilusão de que os serviços públicos, terão melhor qualidade, eficiência, padrão internacional, e que em breve, todos os sofrimentos e dores passarão a constituir em fatos do passado.
Pois é, a política tem esse poder de envolvimento e transformação, levando as pessoas a sonhar e a acreditar que realmente daremos um pulo na qualidade de vida da cidade e que juntos aprenderemos a respeitar e amar intensamente a nossa cidade. E, que na maioria das vezes temos que nos perdoar também pelos erros das escolhas passadas, ou por achar que “desta vez” será diferente.
Tomara que ninguém diga ao povo que tudo isso são bobagens, pois certamente seria uma tragédia para a democracia brasileira se perdêssemos também a capacidade de viver a democracia, e através do poder dos nossos votos, possamos alimentar os nossos sonhos mais sublimes que é a esperança de votar e tentar mudar tudo o que está errado.