Na opinião dos americanos o Governante é um rei temporário que se fez pelos próprios méritos. E, assim sendo é uma referência para o comportamento de todos os seus concidadãos. Sobre ele, então, recaem todas as expectativas que, em outras circunstâncias, seriam próprias do monarca.
Mérito fala da lealdade que o Governante deve ter para com o seu povo. Não ser leal é não ter compromisso e nem respeito com a sociedade. É sobre este valor que devemos julgar o governante.
Há poucos dias o Governador títere de Mato Grosso, Silval Barbosa, sancionou o projeto de Lei do Deputado tucano Guilherme Malouf que proíbe a nomeação de servidores ficha suja no primeiro escalão do Executivo Estadual.
Esta Lei acompanha o projeto da Ficha Limpa, uma campanha da sociedade com o fim de melhorar a qualidade dos candidatos a cargos eletivos no País, ainda em discussão do STF.
A sanção, porém, não lhe trouxe nenhuma honra, senão a Assembléia Legislativa, contrária ao parecer oficial do Governador dando pela reprovação do Projeto de Lei. Mesmo sob a ameaça deste de barrá-lo na justiça, os parlamentares, todavia, não cederam à infração moral palaciana, aprovando-o. A época, rumores davam conta de que o seu veto visava tão somente preservar os Secretários de Estado Eliene Lima e Pedro Henry, pendurados no prato de balança da Justiça Eleitoral, por práticas nada republicanas.
A sua justificativa foi de que todo Projeto de Lei que trata do servidor público do Estado dever ser apresentado pelo poder Executivo, sem, no entanto, emitir qualquer sinal de assumi-lo, senão de barrá-lo nos tribunais.
Ainda que seja uma prerrogativa do Executivo, o veto, neste caso, não o isenta de culpa, e isto por causa da deslealdade para com o povo contida em sua decisão. Para que se saiba o tamanho do seu desacerto basta dizer que o movimento pró Ficha Limpa tem o mesmo sentido do movimento por democracia já, e diretas já, aos brasileiros.
Os mato-grossenses do norte ainda hoje se lembram da campanha separatista, de Mato Grosso, pela criação do Estado do Araguaia, liderada pelo atual Governador, um verdadeiro truque eleitoral preconcebido, ocorrido em 2002. Após isto, silenciou-se por completo.
Sendo a lealdade a regra básica pela qual devemos julgar o nosso governante, o seu veto, somado à sua condescendência para com a malversação que atinge toda a administração Estadual por si só provam de qual lado está esse Governo.
A amizade, grupo, não pode obstruir a lealdade do monarca para com o povo. Mas é o que está havendo.
Milton Figueirêdo Jr – ex-vereador e membro do diretório PSDB Sinop