segunda-feira, 29/abril/2024
PUBLICIDADE

Será ?

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Será que todos estamos entendendo a gravidade que este Brasil de 516 anos está enfrentando? Porém, mais do que entender, é preciso querer mudar um comportamento histórico de "jeito brasilis", entranhado na cultura nacional.

A Odebrecht (ODB) tem uma família com 150 anos de Brasil, quase um terço de nossa idade e seu "módus operandis" não foi inventado agora, foi simplesmente uma adaptação brutal de usos e costumes, o que é claro, torna ainda mais cruel e brutal os crimes como o de corrupção passiva e ativa, aprimorados com requintes de tecnologia de ponta, de uma empresa globalizada e que liderou um processo de vida e morte de milhares de pessoas. Sim, quando o dinheiro é roubado em um contrato superfaturado, falta dinheiro para UTis, medicamentos de alto custo, carteiras em sala de aulas, dinheiro para merendas e etc.

E esta empresa segue fazendo obras públicas e recebendo dinheiro público de grande monta, pelos quatro cantos do País e do mundo; sim, eles têm um amparo legal com a justiça, na letra da lei. Mas, como fica a questão moral? É por isto, também, que temos visões como a imortalizada frase; “o Brasil não é um país sério”, atribuída ao presidente Francês Charles de Gaulle em 1962, e buscando no universo lúdico de Monteiro Lobado, o que vivemos mais do que nunca em nosso Brasil; “no Brasil subtrai-se, somar nunca”. Triste, brutal e vergonhosa realidade.

Veja o que temos que enfrentar; além dos 10 bilhões de reais oficiais que foram usados em propinas, só de 2006 a 2014, temos que assistir, indignados, aos deboches nas delações, e os delatores, seguem, de tornozeleiras, morando em apartamentos luxuosos, avaliados em milhões de reais. Como é possível? Estão trabalhando em que tipo de emprego, para manter um padrão de vida deste tamanho?

A classe política, manchete disto tudo, é o extrato do povo e temos que compreender que os espaços políticos vão ser ocupados por alguém de toda forma. De nada adianta ficar enchendo o peito e dizer que “por isto não vota em ninguém”, “por isto não tem culpa”, “por isto não ajudou, ladrão”; essa ideia traz, lamentavelmente, um aumento expressivo, a cada ano, do número de ausências nas eleições. A democracia está nas mãos de todos! É por meio dela, que cada um tem sua chance, de expor seus ideais através do voto, com a participação efetiva na escolha daqueles que os representarão no cenário político e, quando se exime da responsabilidade do voto, reforça a manutenção dos ruins que lá estão e desmotiva os possíveis bons que queiram ser diferentes.

Agora, será que vamos transformar nossa indignação em ação? Será que vamos transformar nosso "não adianta nada", em outros caminhos? Eu preciso acreditar que sim, mas concordo que está cada vez mais frágil a luz no fim do túnel. Entretanto, é nossa missão fazer com que ela fique mais forte e mais próxima. Juntos, podemos construir um País melhor hoje e para o futuro de nossos filhos.

Ou então, seguimos com frases imortalizadas de Millôr Fernandes, “Brasil, condenado a esperança”

Fernando Assunção – cidadão sinopense – político

COMPARTILHAR

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias

Dante: democrata e gestor exemplar 

25 de abril é uma data histórica. Há quarenta...

Sem dúvida nenhuma

As pessoas esquecem-se da simplicidade da vida adiando decisões,...

Da Constitucionalização do porte e uso de drogas

O Senado Federal aprovou em segundo e último turno...

G20: Manejo Florestal um caminho para mitigar as mudanças climáticas

Compartilho algumas reflexões sobre um tema de extrema relevância...