Conforme a Constituição Federal, a segurança pública é dever do Estado, direito e responsabilidade de todos. Contudo, os governantes brasileiros, infelizmente não vem respeitando o que promulga a Constituição no que diz respeito à contrapartida do Ente Político.
No Estado de Mato Groso, por exemplo, não é diferente. O alto escalão do Poder Executivo Estadual, responsável em pensar e promover Segurança Pública, está mais preocupado com "status" que pode trazer uma Copa do Mundo para Mato Grosso – do que propriamente com propostas viáveis e reais que garantam segurança aos cidadãos mato-grossenses de bem. Algumas propostas até são apresentadas pela cúpula do poder, que em "tese", funcionariam, mas muitas vezes nem saem do papel.
Pensar em Segurança Pública, não é apenas, tão somente, pensar em viaturas policiais, encher de pessoas e colocá-las armadas nas ruas. Pensar em Segurança Pública, é saber que por trás das fardas, tem homens e mulheres, tem seres humanos, que como qualquer outro cidadão tem obrigações, mas também têm direitos e necessidades a serem supridas.
São esses homens e mulheres que vivenciam o dia-a-dia nas ruas, conhecem de perto os perigos e a criminalidade. São eles que deveriam ser os mais valorizados, serem chamados para discutir Segurança Pública. São esses homens e mulheres que põem suas vidas em risco – e não tem o respaldo financeiro condizente, ou seja, salários dignos, respaldo jurídico e psicológico. São esses homens e mulheres de fardas, que carregam uma carga pesada nas costas – e são lembrados apenas quando erram – mas dificilmente são reconhecidos quando colocam suas vidas em risco para evitar que outros cidadãos ou famílias tenham suas vidas ceifadas por bandidos.
São esses homens e mulheres de fardas que ficam noites e noites sem dormir em constantes vigílias – para garantirem segurança e o sono tranquilo de nossas famílias. E são eles também, que estão esquecidos e poucos valorizados pelos Entes Políticos em todas as esferas da Federação – que tem o Poder de promover melhorias à classe se pensasse neles com respeito que merecem.
Portanto, esses homens e mulheres fardados precisam de boa alimentação, lazer para descarregar o stress, jornada de trabalho condizente, salários dignos, acompanhamento psicológico constante, para eles e suas famílias. Não é privilégio, mas prioridade para que possam garantir a verdadeira Segurança Pública que tanto a sociedade clama e almeja.
Além do exposto, não têm como continuar tapando o sol com a peneira. Segurança Pública depende de pessoas bem preparadas, bons aparatos, escolas de boa qualidade, lazer e entretenimento para crianças e jovens, infraestrutura adequada, iluminação pública, educação religiosa e política de valorização da família. Não basta oferecer bolsa família, Minha Casa, Minha Vida, estes ingredientes ajudam, mas, sem a valorização do ser humano e o resgate da autoestima, as "Políticas Governamentais" lançadas não passarão de paliativos e palanques eleitoreiros para políticos de má fé.
Tenho Dito!
Pery Taborelli é vereador e presidente do PV de Várzea Grande